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Meditação: Conheça o lado científico dos (muitos) benefícios da prática

Em "Comer, Rezar e Amar" a personagem larga tudo para meditar e focar no seu auto-conhecimento (Foto: Reprodução)

Para tirar todas as suas dúvidas, a pesquisadora do Instituto do Cérebro do Hospital Israelita Albert Einstein, Elisa Harumi, com Márcia Rissato, terapeuta floral e especialista em meditação e Mariane Monteiro, que há 4 anos não vive sem os seus minutos de introspecção.

Mariane afirma que sua vida mudou para (muito) melhor depois que começou a meditar. Ela conta que medita no ônibus indo para o trabalho. “É um exercício de abstração e concentração — nos momentos de mais ansiedade ou estresse, eu consigo balancear e educar meu pensamento pra ficar mais tranquila”, diz feliz.

Mil e um benefícios
Ainda não foi comprovado o poder de cura através da meditação, contudo, é atestada sua eficiência no tratamento de doenças crônicas como a hipertensão.

Segundo Elisa Harumi, pessoas com depressão sentem bastante a melhora nos sintomas da doença, obviamente, com uma frequência adequada para a prática. “Há também uma redução na incidência de recaídas da depressão, que é algo crônico em que a pessoa está sujeita à reinciências”.

Yoga (Foto: Reprodução/Instagram)
Quer mais comprovações? Segundo uma pesquisa liderada pelo Instituto do Cérebro que Elisa Harumi integra, mulheres idosas que praticam yoga há pelo menos 7 anos tem o córtex mais espesso do que mulheres que não praticam — o córtex é uma área do cérebro relacionada às funções executivas (como atenção e memória).

Mais um ponto para a prática: pessoas que praticam meditação há pelo menos três anos têm também maior eficiência em tarefas que requerem atenção por um simples fato: elas ativam menos áreas do cérebro — principalmente as pré-frontais — para ter o mesmo desempenho do que pessoas que não meditam.

Mais bem-estar, menos stress

Meditar regularmente pode reduzir também o stress e problemas de saúde associados a ele. Oito semanas de práticas regulares de atividades de relaxamento, respiração, atenção e psicologia positiva reduziram em 35,3% os sintomas de stress, 27,84% de tristeza e preocupação e 14% de emoções como medo e irritação, segundo um estudo conduzido pelo INC do Hospital Israelita Albert Einstein.

Conexão

A meditação também aprimora o nossa lado emocional positivo, diminuindo a ansiedade e as alterações de humor. É o momento de introspecção necessário na rotina estressante da cidade. “É importante olharmos mais para dentro, sermos mais empáticos e termos mais compaixão”, disse Márcia.

Nosso corpo foi preparado para sempre estar no estado de alerta, utilizando o mecanismo conhecido como “luta e fuga”. Diante de um mundo hiperconectado, nosso corpo desaprende a desacelerar e desligar.

“A meditação vai ensinar a ordenar e priorizar pensamentos. A prática não é a ausência de pensamento, mas sim sua organização”, disse Márcia.

Mariane conta que a respiração é o seu grande foco na prática. “Eu tento concentrar apenas e somente no ar entrando e saindo de mim. Como se eu exalasse aquilo que não é mais necessário para mim e inalar positividade”, conta.

MARIANA NOGUEIRA

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