Movimentos de fisioterapia, com poemas ou com música numa sequência que, aos poucos, com persistência, tem recuperado a saúde de crianças.
Um tratamento alternativo para salvar recém-nascidos. Esse é o método Padovan. Ele é aplicado em uma maternidade pública de Juazeiro do Norte, no interior do Ceará.
Em 10 anos, pelo menos 150 crianças passaram por ele.
A terapia foi criada por uma fonoaudióloga brasileira.
São movimentos de fisioterapia, com poemas ou com música, numa sequência que, aos poucos, com persistência, tem recuperado a saúde de crianças.
“É uma terapia completa e complexa. Além de todos os exercícios motores, de braço, de pernas, também tem exercícios respiratórios, funcionais, onde vamos estimular a face, o olfato, paladar, visão”, explica a pediatra e neonatologista Lilianny Pereira.
A Maria Helena nasceu com seis meses e pesava cerca de 500 gramas. Hoje se desenvolve como qualquer outra criança. A pediatra explica que a terapia estimula o cérebro.
Por meio da neuroplasticidade, os movimentos são recuperados. Inclusive depois de lesão. “Mesmo após lesão, o cérebro é capaz ainda de recriar aquela função, desde que receba o estímulo correto”, completa Lilianny.
Já a Maria Lieva teve falta de oxigênio, convulsões e ficou em coma logo depois de nascer. A mãe dela, Maria Geilza de Freitas, conta que os profissionais começaram o método Padovan e a filha respondeu aos estímulos.
“Hoje ela tá mamando. Passa 25 minutos no peito mamando. Dá três, cinco sugadas, coisa que ela não tinha sucção. E ela consegue engolir”, diz a mãe.
O caso de Maria Lieva vai ser usado para comprovar cientificamente essa terapia. Os profissionais de saúde querem ajudar outras crianças. Pode ser uma saída em momentos difíceis, quando o parto deixa sequelas ou quando o bebê vem ao mundo antes da hora.
G1