Foi em um exame de rotina que Erika e Stephen Jones ficaram sabendo que a bebê que esperavam nasceria com síndrome de Down. A família, que já tinha também outra menina, Audrey, de dois anos, ainda estava lidando com a notícia quando outro diagnóstico apareceu.
Na 30ª semana de gestação, o casal descobriu que a filha tinha também um câncer inoperável no cérebro, e que não havia nada que eles pudessem fazer quanto a isso.
Com o passar das semanas, o cérebro da neném foi inchando cada vez mais, e o parto normal se tornou uma alternativa impossível. A amigos, Erika lamentava o quadro de saúde da filha.
— Nossos corações estavam partidos, e nossas mentes tomadas com dúvidas e medos do desconhecido que logo viria.
Na noite de 5 de agosto passado, cerca de uma semana antes da data estimada para o nascimento, Erika entrou em trabalho de parto. Abigail Noelle Jones nasceu à 0h37. Os pais ficaram maravilhados com a bebê de bochechas rosadas, parecida com um querubim, com o cabelo volumoso e escuro .
Erika e Stephen achavam que, por causa do câncer, sua filha morreria poucos dias depois, mas Abigail os surpreendeu.
— Ela se mexe, faz barulhos, coloca a língua para fora, abre os olhos, segura nossos dedos. Faz tudo que um bebê faz. Ela nos encanta, e superou todas as nossas expectativas.
No entanto, mesmo com todas essas evoluções, eles sabem que o tempo ao lado da filha será limitado, como uma ressonância magnética confirmou recentemente. De acordo com o exame, o tumor está crescendo, tomando conta do cérebro da pequena menina.
Como Abigail tem apenas um mês de vida, o tratamento com quimioterapia está fora de questão, e uma cirurgia seria inútil porque o tumor está muito avançado e agressivo.
— O neurocirurgião recomendou que trouxéssemos Abigail para casa e a enchêssemos de amor.
E é exatamente isso que os pais vêm fazendo desde então, ao longo das últimas quase quatro semanas.
— Nós a enchemos de amor e beijos, e vamos continuar fazendo isso ao longo de todos os momentos que tivermos.
— Não queremos perder nossa filha. Queremos vê-la sorrir, dançar, brigar com a irmã, andar de bicicleta, ir à escola. Queremos ver sua vida. No entanto, o mais provável é que a vida dela se resuma a poucas semanas, ou, no máximo, a alguns meses. Nunca anos. Nossos corações estão em pedaços e doem por causa do tempo que não teremos.
— Vamos acalentar Abigail ao longo de todo o tempo que ela estiver conosco. E, quando ela der seu último suspiro, vamos abraçá-la e entregá-la a Deus.
R7/Foto: Reprodução/dailymail.co.uk