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Quase 20% dos brasileiros estão obesos, segundo pesquisa do Ministério da Saúde

Quase 20% dos brasileiros estão obesos, segundo pesquisa do Ministério da Saúde

A obesidade passou de 11,8% em 2006 para 18,6% em 2016, atingindo 1 em cada 5 brasileiros, de acordo com dados da Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico, realizada pelo Ministério da Saúde, de fevereiro a dezembro de 2016 com 53.210 pessoas maiores de 18 anos das capitais brasileiras. O levantamento foi divulgado nesta segunda-feira (17).

Segundo a pasta, a obesidade aumenta com o avanço da idade. Mas mesmo entre os mais jovens, de 25 a 44 anos, atinge indicador alto: 17%.

Nas pessoas com idade entre 18 e 24 anos, por exemplo, o índice é de 8,5%. Já entre brasileiros de 35 a 44 anos, o índice é de 22,5% e, entre os com idade de 55 a 64 anos, o número chega a 22,9%. Na população com 65 anos ou mais, o índice é de 20,3%.

Em relação à escolaridade, os que têm até oito anos de estudo apresentam índice de obesidade de 23,5%. O percentual cai para 18,3% entre os brasileiros com nove a 11 anos de estudo e para 14,9% entre os que têm 12 ou mais anos de estudo.

Ainda de acordo com o levantamento, o diagnóstico médico de diabetes passou de 5,5% em 2006 para 8,9% em 2016 e o de hipertensão de 22,5% em 2006 para 25,7% em 2016. Os aumentos nos índices podem ser reflexo de a população ter se tornado mais obesa, afirmou o Ministério.

O ministro Ricardo Barros disse que o Ministério da Saúde tem priorizado o combate à obesidade com uma série de políticas públicas, como Guia Alimentar para População Brasileira.

— A alimentação saudável aliada a prática de atividade física nos ajudará a reduzir a incidência de doenças como diabetes e hipertensão na população.

Excesso de peso

O excesso de peso no Brasil cresceu 26,3% nos últimos dez anos, passando de 42,6% em 2006 para 53,8% em 2016. O problema é mais comum entre os homens: passou de 47,5% para 57,7% no período. Já entre as mulheres, o índice passou 38,5% para 50,5%.

Segundo o estudo, Rio Branco é a capital brasileira com maior prevalência de excesso de peso: 60,6 casos para cada 100 mil habitantes. Em seguida estão Campo Grande (58/100 mil habitantes), Recife, João Pessoa e Natal (56,6/100 mil habitantes) e Fortaleza (56,5/100 mil habitantes). Já Palmas é a capital brasileira com a menor prevalência de excesso de peso (47,7/100 mil habitantes).

O levantamento revela que, no Brasil, o indicador de excesso de peso aumenta com a idade e é maior entre os que têm menor grau de escolaridade. Nas pessoas com idade entre 18 e 24 anos, por exemplo, o índice é de 30,3%. Já entre brasileiros de 35 a 44 anos, o índice é de 61,1% e, entre os com idade de 55 a 64 anos, o número chega a 62,4%. Já na população com 65 anos ou mais, o índice é de 57,7%.

Em relação à escolaridade, 59,2% das pessoas que têm até oito anos de apresentam excesso de peso. O percentual cai para 53,3% entre os brasileiros com nove a 11 anos de estudo e para 48,8% entre os que têm 12 ou mais anos de estudo.

Alimentação e exercício físico

A pesquisa ainda mostra que houve queda no consumo regular de feijão: em 2012 67,5% consumia o alimento e, em 2016, apenas 61,3%. Em relação a fritas e hortaliças, apenas um entre três adultos consomem frutas e hortaliças em cinco dias da semana.

Um dado positivo foi em relação a atividade física: em 2009, 30,3% da população fazia exercícios por pelo menos 150 minutos por semana, já em 2016 a prevalência foi de 37,6%.

A população também reduziu o consumo regular de refrigerante e suco artificial. A queda foi de 30,9% em 2007 para 16,5% em 2016.

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