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Sobe número de turistas que contraíram febre amarela no Brasil

Dos 11 turistas, 9 foram infectados em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro

Aumentou o número de turistas que vieram de outros países e contraíram a febre amarela no Brasil. Até fevereiro deste ano eram 2, agora são 11 – nenhum tomou vacina contra a doença antes da viagem.

A informação foi divulgada pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e a Organização Mundial da Saúde (OMS) na última terça-feira (20), em um relatório epidemiológico sobre a febre amarela nas Américas.

Esses turistas vieram de 6 países: um da França, um da Holanda, 4 da Argentina, 3 do Chile, um da Romênia e um da Suíça.

A maioria deles, 9 pessoas, foi infectado pelo vírus enquanto visitava a região de Ilha Grande, em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro. Um turista se contaminou no município mineiro de Brumadinho e o último pode ter se contaminado nos municípios paulistas de Mairiporã ou Atibaia, já que ele passou pelas duas regiões.

Desde fevereiro desde ano, em toda a região das Américas, dois países registraram casos da doença: Peru e Brasil.

No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, desde julho do ano passado até o momento, foram confirmados 1098 casos de febre amarela, 340 pessoas morreram. De acordo com o relatório, o número é maior do que o registrado no mesmo período entre 2016 e 2017 – 610 casos confirmados e 196 mortes.

O relatório fez a contagem de casos até o início de março. De acordo com estes números, o estado com mais casos é Minas Gerais com 415 confirmados e 130 mortes. São Paulo vem logo depois com 376 casos e 120 mortes. O Rio de Janeiro registrou 123 casos e 49 mortes. No período analisado pelo relatório, ainda foram registrados 5 casos no Espírito santo e uma morte em Brasília.

O número de municípios com casos registrados também aumentou. Entre julho de 2016 e março de 2017, 118 cidades confirmaram casos de febre amarela. Entre julho de 2017 e março de 2018 as infecções aconteceram em 169 municípios.

Além de um maior número de cidades, elas estão em uma área com população maior. Se antes eram 8,9 milhões de pessoas potencialmente expostas ao vírus, agora são 32 milhões.

O relatório destaca que, até o momento, não existem evidências de que algum caso seja de febre amarela urbana. Todos são tratados como febre amarela silvestre.

Em relação aos macacos, o relatório afirma que, até o momento, 617 animais tiveram a morte causada pela febre amarela em São Paulo e no Rio de Janeiro.

É analisando os casos em primatas que o relatório conclui que o vírus pode chegar até a Argentina e o ParaguaI, mas a queda de temperatura que deve acontecer a partir do outono poderia diminuir a velocidade de propagação do vírus.

No Peru, desde o início de 2018, foram confirmados 8 casos de febre amarela, outros 14 estão em investigação.

Gabriela Lisbôa

 

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