Tempo - Tutiempo.net

SUS deve adotar uso de pílula anti-HIV para pessoas em risco

Segundo o ministério, a expectativa é atender 10 mil pessoas no primeiro ano de incorporação. A estratégia, que deve ser ofertada em serviços especializados do SUS, será destinada a “populações com alto risco de infecção pelo HIV”. A pasta, porém, não detalhou o perfil dos grupos que serão beneficiados.

Desde 2014, a profilaxia pré-exposição é recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para pessoas em risco considerável de se infectarem com HIV e sua eficácia foi comprovada por quatro estudos clínicos. Um deles, o estudo internacional iPrEx (Iniciativa de Profilaxia Pré-exposição), do qual o Brasil também participou, concluiu que o uso diário de antirretroviral por homens saudáveis que fazem sexo com homens conseguiu prevenir novas infecções com eficácia que variou de 43% a 92%, dependendo da adesão ao medicamento.

Atualmente, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) está analisando o registro do Truvada para uso na PrEP. No Brasil, o Truvada é aprovado somente para o tratamento da doença (apesar de não ser adotado pelo SUS), por isso é necessário um novo registro para o uso em prevenção.

A adoção da estratégia já vinha sendo estudada pelo Brasil. Existem dois estudos em andamento de Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) no país financiados pelo Ministério da Saúde e realizados pela Faculdade de Medicina da USP e pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Especialistas alertam que esse tipo de estratégia deve ser aliada a outras medidas preventivas. Quem optar por adotá-la, por exemplo, deve ser aconselhado a continuar usando a camisinha, a fazer testes de HIV periodicamente e a tratar outras DSTs, que costumam deixar o paciente ainda mais vulnerável à infecção por HIV.

Bem-Estar

OUTRAS NOTÍCIAS