Ator que cresceu diante do público comenta a realização do sonho de fazer parte de ‘Malhação’ como Álvaro, após oito anos de testes.
Perseverança é uma palavra que diz muito sobre Eike Duarte.
O ator começou a carreira aos 6 anos e persegue até hoje a vontade de crescer na carreira que escolheu ainda bem novo
. Aos 21, ele comemora a sua entrada em Malhação: Vidas Brasileiras como Álvaro, um dos protagonistas da temporada. E não foi nada fácil chegar até aqui.
“Nesses oito anos de testes, o que eu mais recebi foi ‘não’ e o ‘não’ só me fez crescer, só me fez aprender. Às vezes, a gente aprende muito mais com os erros do que com os acertos, né?”, analisa.
“Persistência vem junto com a perseverança, com a humildade, com respeito e com aprendizado. A gente não pode desistir, né? Ainda mais a gente que é brasileiro e não desiste nunca (risos)”.
Por ter crescido diante do público, o ator conta que por muito tempo as pessoas achavam que ele já fazia a novela antes.
“Todo mundo sempre me parava na rua, às vezes me reconhecia e mas não sabia de onde, falava: ‘Malhação, não é?’”, diverte-se. Bem, agora ele pode responder que sim!
Carioca do Méier, Eike lembra que tudo começou com a dança:
“Eu sempre fui um cara muito sem vergonha (risos) e dançando numa roda de amigos, uma professora de dança da minha escola me viu, me chamou para fazer um teste e eu fui. Acabei passando, e aí a história toda começou”.
O lado divertido é também uma característica de Eike. “Eu me considero engraçado”, destaca o ator, que teve alguns anos de parceira – e aprendizado – com Renato Aragão em “O Segredo da Princesa Lili” e “Acampamento de Férias”.
Dessa fase de trabalho e brincadeiras, Eike destaca um episódio:
“Tem uma história engraçada: Renato Aragão é muito figura e, nos bastidores, não pode dar mole para ele.
Tinha uma cena em que eu tinha que me sujar de tinta.
E aí imagina: ele já pegou a tinta, eu dei um mole, esqueci, fiquei distraído, ele veio com o balde de tinta, me sujou inteiro, fiquei todo azul, cabelo, rosto… E ainda saí correndo para sujar ele também, mas aí me seguraram (risos). Ele era a diversão do set”.
Por outro lado, Eike destaca que começar na atuação cedo ajudou a construí-lo como homem maduro, apesar da pouca idade.
“Isso gerou uma responsabilidade muito grande: eu tinha que dividir prova, texto, e isso acabou me amadurecendo mais rápido. Foi muito importante também para o meu crescimento como ser humano”, acredita.
“A minha escola me abraçou, e acabei podendo fazer o que eu amo, que é a dramaturgia, e pude também estudar bastante”, completa Eike.
Durante os anos que não esteve na TV em um trabalho mais longo – mas em participações muito especiais, como Flor do Caribe, Em Família e Sol Nascente – o ator seguiu estudando atuação e com peças no teatro.
“O ator tem que estar sempre aprendendo muito e em constante evolução. Isso também me ajudou muito a chegar na hora certa e estar bem preparado, né?”.
Anny Ribeiro
