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Carneiro faz proselitismo para justificar gastos públicos /por Carlos Lima

Mais uma surpreendente declaração estapafúrdia do presidente do legislativo feirense, o vereador José Carneiro (PSDB).

O fato ocorreu quando a vereadora Cíntia Machado (PRB), informou que o congresso do qual participaria em Aracaju, promovido pela empresa “Lemais” não foi realizado.

Cíntia embarcou com destino ao local do congresso, ao chegar foi informada por preposto da empresa promotora do evento de  que não existia programação.

A vereadora de imediato comunicou o fato à Câmara, solicitou o ressarcimento aos cofres públicos e devolveu as diárias recebidas. Procedimento legal.

Em razão do ocorrido, o presidente da Câmara, José Carneiro, no programa radiofônico, ‘Acorda Cidade’ soltou mais uma de suas declarações incongruentes:

“Nesses congressos são debatidas uma série de questões, há um intercâmbio entre os vereadores que se encontram e discutem, às vezes, se aproveitam ideias de outros vereadores de outras cidades e posso te assegurar que já apresentei projetos aproveitados em outras cidades e acho isso interessante. Participo todos os anos e com muito orgulho, porque vou lá aprender”.

Vamos esmiuçar essa declaração:

“Nesses congressos são debatidas uma série de questões”.

A questão do tempo? As questões turísticas? As questões sobre a possibilidade de ampliação dos dias do congresso? A questão da redução da discussão legislativa?  As questões são amplas e irrestritas.

“há um intercâmbio entre os vereadores que se encontram e discutem, às vezes, se aproveitam ideias de outros vereadores de outras cidades”.

Acredita-se que esse intercâmbio entre eles, na visão de analistas políticos, está mais  para a ampliação financeira, que engordam os vencimentos dos parlamentares. O custo benefício é nenhum.

“e posso te assegurar que já apresentei projetos aproveitados em outras cidades e acho isso interessante”

Na verdade para se conhecer projetos de Lei apresentados e aprovados em outras Câmaras municipais, não existe a necessidade de contato pessoal, a mídia eletrônica preenche as Necessidades por ele alegada. Talvez ele não saiba utilizar a internet.

“Participo todos os anos e com muito orgulho, porque vou lá aprender”.

Para a opinião pública esse argumento não procede, o aprendizado alegado é bastante discutível, nunca foi sentido, observado ou identificado. A interpretação popular diz que tal prática é de pouco aproveitamento na defesa dos interesses da população.

A declaração do chefe do Legislativo é interpretada entre as camadas sociais do município como um abuso na aplicação e administração dos recursos públicos. Além desse, existem outros questionamento que colocam, no imaginário popular, a existência de uma desordem na aplicação dos recursos que são destinados à Casa do Povo.

Se esse tipo de aprendizado fosse bancado com recursos próprios, será que ele estaria fazendo tal proselitismo em torno dessa prática?

Carlos Lima

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