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Como se forjam as grandes fortunas/ Por Sérgio Jones*

Charge Laerte Coutinho

Para o professor e escritor Antônio David Cattani, graduado em economia, em inúmeras entrevistas concedidas aos mais diversos setores midiáticos brasileiros, cita ele: ”quando se trata do tema concentração de riquezas, este comportamento resulta na geração de desequilíbrio econômico”.

E garante que este comportamento existe e vem crescendo no mundo todo, e particularmente no Brasil por uma série de razões históricas.

De forma direta ele atribui, como uma verdade insofismável, que um dos principais fatores dos ricos se tornarem ricos têm se consolidado por serem eles, suficientemente espertos para criar uma máquina tributária que penaliza os mais pobres e beneficia e cria privilégios a quem tem mais.

Outro aspecto desmistificado pelo conceituado economista é de que, ingenuamente, a população acredita que a riqueza é sempre meritória, que é resultado de esforços.

E quem não alcança esta posição social e econômica é porque não trabalha.

Mas a realidade apresenta, de forma cristalina, é que as grandes fortunas não são forjadas por inocentes. Foram, isto sim, criadas por décadas, transmitidas por herança e, em muitos casos, são fruto de expedientes que só são acessíveis aos poderosos.

O que fica demonstrado pela prática do dia a dia é que os considerados muito ricos, as grandes corporações, estas são as primeiras a desrespeitar as regras da concorrência no livre mercado.

Criam estratagemas para obterem benefícios em momentos de depressão, recessão e de retomada do crescimento. E independe do momento ou de modelos políticos, seja ele democrático ou autoritários.

Mesmo diante de toda esta situação sórdida, ele garante que o crescimento do número de ricos e o volume das grades fortunas tendem a aumentar.

E aponta que estudo insuspeito do Credit Suisse, uma das principais instituições bancárias da Suíça, mostra que, até 2022, haverá um crescimento de 8% no número de multimilionários brasileiros e também de suas riquezas.

O que significa afirmar que haverá um significativo aumento das pessoas pobres e da quebra de pequenas empresas, pois as grandes corporações se desenvolvem, em parte, destruindo concorrentes dos segmentos financeiros mais vulneráveis.

Sérgio Jones, jornalista (sergiojones@live.com)

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