Tempo - Tutiempo.net

O maçom não deve se ocultar no mundo profano

Carlos Lima e Luzia

Tenho absoluta certeza de que os filósofos herméticos que existem dentro da maçonaria, declaram aos quatro cantos que são desprovidos de preconceitos e se acham livres pensadores.

Entretanto nos meus poucos anos de Maçonaria observei uma contradição quase alarmante em vários comportamentos, deixando claro que nunca tiveram a oportunidade e a curiosidade de lerem Plutarco, mas demonstram em determinadas situações que conhecem, por ações, a filosofia de Nicolau Maquiavel , que estrategicamente enaltecia a dissimulação e o bifrontíssimo, ou seja,- aquele que tem duas caras, – como meio mais prático de transitar em dois “mundos”, quem não os conhece que os compre.

Muitos deles afirmam que a Maçonaria de hoje não é mesma de 200 anos atrás. Alguns dizem que atualmente ela é mais ativa e útil a humanidade, mesmo com recuo na qualidade intelectual e programática dos seus princípios como irmandade.

Mesmo assim podemos afirmar que a dita ação não abalou os alicerces da solidariedade e da beneficência, sempre presente entre colunas e a ordem.

Mudanças existiram ao longo dos anos, basta tomarmos por base a Maçonaria primitiva. No entanto, sendo homens livres e de bons costumes fez com que o senso crítico e o bom senso, edificassem uma moral consciente e fiel aos princípios de liberdade.

Com os meus 64 anos, de idade, já estudei e presenciei a derrota de vários impérios e formas de dominação, mas sempre me deparei com as incontáveis vitórias dos ideais humanitários.

Os Maçons não têm porque omitir a sua condição de membros da Maçonaria. Se qualquer um tem medo de se identificar em público. Deve ter algo que o desabone enquanto Maçom, diante do seu comportamento no mundo profano.

Os feitos maçônicos são motivo de orgulho. Será que já esquecemos todos eles, ou não nos preocupamos em conhecê-los e muitos menos em divulga-los mais eficientemente no mundo profano.

Será que alguém sabe que na antiga Liga das Nações, foi a maçonaria que fez valer a  emancipação social que hoje beneficia as massas trabalhadoras da maioria do mundo livre.

Será que sabem, que no Cenáculo de Genebra o grande presidente, Wilson, Maçom, apresentou os 14 pontos que constituiriam o Evangelho das Nações Livres, eliminado as guerras de conquistas e libertando a consciência Humana. Pena que tenha sido derrotada pelos contrários.

Será que esquecemos que na atual Organização das Nações Unidas a Declaração dos Diretos Humanos tem origem maçônica, assegurando o bem estar e igualdade de todos perante a Lei.

Temos que ser o exemplo, temos que nos apresentarmos como os construtores de uma humanidade melhor, não podemos ocultar-nos, precisamos enaltecer a beleza, a força, a sabedoria e a importância da nossa irmandade para a construção de um homem melhor.

Carlos Lima – CIM 914

OUTRAS NOTÍCIAS