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Militares baixam lei do silêncio, mas querem explicação de Flavio Bolsonaro

Cadê a justiça?

O núcleo militar do governo – que não é pequeno – está incomodado com o escândalo envolvendo a família Bolsonaro.

A falta de explicações do filho do presidente, o senador eleito Flávio Bolsonaro, cuja situação piorou ainda mais neste fim de semana, após as ‘bombas’ divulgadas pela Globo.

Foi revelado depósitos fracionados em sua conta e ainda mostraram que o valor suspeito movimentado por seu assessor, Fabrício Queiroz, passa de longe dos R$ 1,2 milhão divulgado inicialmente, chegando até a R$ 7 milhões.

Enquanto as explicações não aparecem, o Palácio do Planalto estabeleceu uma ordem de silêncio, que se estende ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, a fim de tentar blindar Jair Bolsonaro, aponta reportagem de Vinicius Sassine, do Globo, neste domingo.

“Moro submergiu e não comenta as suspeitas que recaem” sobre os Bolsonaro, escreve o repórter.

Neste domingo, o general mais próximo a Bolsonaro, o ministro Augusto Heleno, do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), disse ao Globo que não vai se “meter nesse negócio”.

“Isso não é um problema meu. Eu não vou me meter nisso, não falo sobre isso. Não vou me meter nesse negócio”.

Moro também foi procurado, mas limitou-se a dizer “sem comentários”.

Já o vice-presidente, general Hamilton Mourão, disse à Reuters que o caso de Flavio Bolsonaro não tem nada a ver com o governo.

“É preciso dizer que o caso Flávio Bolsonaro não tem nada a ver com o governo”.

Globo/Reuters/247

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