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Guedes assina MP do Coaf no Banco Central.

Roberto Leonel, presidente do Coaf — Foto: Wesley Bischoff/G1 PR

O jornal O Globo informa, no título principal desta segunda-feira (19), que a insatisfação do presidente Jair Bolsonaro com o chefe do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), Roberto Leonel, motivou o governo a assinar uma medida provisória que transfere o órgão de combate à lavagem de dinheiro do Ministério da Economia para o Banco Central (BC).

Na última sexta-feira (16), o ministro Paulo Guedes já assinou a MP e a expectativa é de que ela seja publicada a partir desta terça-feira (20). Com a mudança, ficará a cargo do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, definir o novo presidente e os novos membros da diretoria do órgão, que deverá até mudar de nome para Unidade de Inteligência Estratégica.

Roberto Leonel foi indicado pelo ministro da Justiça, Sergio Moro, que deve sair ainda mais enfraquecido deste episódio. De acordo com o jornal, o nome mais cotado para assumir o Coaf é o do economista e servidor do BC Ricardo Liáo, atual diretor de Supervisão do órgão. A mudança, segundo Guedes, é de cunho institucional, e não acontece por pressão política.

Roberto Leonel, presidente do Coaf — Foto: Wesley Bischoff/G1 PR
Roberto Leonel, presidente do Coaf — Foto: Wesley Bischoff/G1 PR

A demissão de Leonel, homem de confiança de Moro, era motivo de pressão em Guedes desde o início do mês, quando o líder do Coaf fez críticas públicas à liminar concedida pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, a pedido do senador Flávio Bolsonaro, suspendendo o uso de dados financeiros por órgãos de controle, como o próprio Coaf e a Receita Federal, sem autorização prévia. “Guedes assina medida que transfere Coaf para o Banco Central”, destaca a manchete do Globo.

Em sua primeira página, O Estado de S.Paulo informa que o deputado Eduardo Bolsonaro não tem hoje os 41 votos em plenário necessários para o Senado referendar a sua indicação à embaixada do Brasil nos Estados Unidos.

Segundo levantamento do jornal, dos 81 senadores apenas 15 se declaram a favor, enquanto 30 dizem votar contra. Outros 35 não responderam ou se mostraram indecisos. Isso, aponta o matutino paulista, explicaria a cautela com a qual Bolsonaro está tratando o assunto.

Eduardo Bolsonaro terá primeiro de ser sabatinado na Comissão de Relações Exteriores do Senado, depois seu nome passa por uma votação secreta no colegiado seguida de outra votação, também sigilosa, no plenário do Senado.

Além da situação do filho do presidente indicado para embaixada americana, o Estadão também informa, em sua manchete, que o Ministério da Educação quer repassar, já a partir de 2020, mais recursos às universidades federais que tiverem melhor desempenho em indicadores como governança e inovação.

O novo modelo será discutido com reitores de 63 federais e não depende de alterações na lei. O formato atual, segundo o jornal, contempla as universidades maiores. Hoje, dos R$ 6,9 bilhões de despesas discricionárias das universidades, R$ 3,2 bilhões estão bloqueados.

A expectativa do MEC é usar, ainda em 2019, o ranking de governança para definir quem terá prioridade nesse desbloqueio. “MEC quer definir verba de universidade por desempenho”, sublinha o jornal em seu título principal.

Em sua manchete, a Folha de S.Paulo enfatiza que o governo de São Paulo terá de gastar entre R$ 800 milhões e R$ 1 bilhão a mais com a Rodoanel Norte, segundo estimativa de políticos e técnicos da administração João Doria, governador do Estado.

A obra era orçada em R$ 4,3 bilhões, e já supera os R$ 6,85 bilhões, mesmo a obra não ficando pronta dentro do prazo previsto, que era no ano de 2016. O valor final, apurou o matutino, deverá superar os R$ 10 bilhões de reais. “SP terá de gastar até R$1 bilhão a mais com Rodoanel Norte”, aponta a Folha na manchete.

G1

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