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Ex-deputado Luiz Argôlo é transferido para Complexo Penitenciário Lemos Brito em Salvador

Imagem do ex-deputado Luiz Argôlo quando foi preso na Operação Lava Jato, em abril de 2015 (Foto: Cassiano Rosário/Futura Press/Estadão Conteúdo)

O ex-deputado federal Luiz Argôlo, condenado na Operação Lava Jato pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, foi transferido de Curitiba para Salvador, segundo informações da Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização‎ da Bahia (Seap), nesta terça-feira (23).

A Seap não detalhou quando ocorreu a transferência, mas disse que ele está na capital baiana há cerca de 15 dias, após a defesa obter a transferência dele para o sistema prisional baiano. O ex-deputado estava em Curitiba desde 2015, após ser preso durante a 11ª etapa da Lava Jato.

A secretaria informou que Argôlo está no Centro de Observação Penal (COP) do Complexo Penitenciário Lemos Brito, em Salvador, uma espécie de porta de entrada antes do detento ser encaminhado para uma unidade do sistema. No local, os detentos passam por atendimento do serviço social, exames, avaliações médicas, entre outros.

Ainda segundo a Seap, somente após a triagem, Argôlo deve ser encaminhado para uma unidade prisional da Bahia, que não foi divulgada. Entretanto, como a família do ex-deputado é da região de Entre Rios, ele pode ficar em alguma unidade prisional próxima ao local da residência dos familiares.

Condenação

A Justiça Federal no Paraná condenou no dia 16 de novembro de 2015, o ex-deputado federal Luiz Argôlo pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, investigados na Operação Lava Jato. A pena considerada pelo juiz Sérgio Moro foi de 11 anos e 11 meses de reclusão em regime inicialmente fechado, além do pagamento de multas de R$ 459.740.

Ao dar a sentença, Sérgio Moro considerou que Argôlo, enquanto deputado federal, recebeu parte do dinheiro da propina paga por empreiteiras fornecedoras da Petrobras à Diretoria de Abastecimento da estatal, então comandada por Paulo Roberto Costa. A lavagem de dinheiro ficou configurada na ocultação e dissimulação dos recursos recebidos.

Segundo o juiz, ficou comprovado que Argôlo recebeu R$ 1.474.442,00 do esquema, sendo que pelo menos R$ 250 mil envolveu apenas um recebimento de propina.

G1

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