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Acordo feito há 6 anos garante eleição de Henrique Alves

O peemedebista Henrique Eduardo Alves (RN), 64, foi eleito hoje amparado em um acordo que acaba de completar seis anos.

 

Em 2007, PT e PMDB se uniram na Câmara e acertaram os termos de um rodízio no comando da Casa entre as duas legendas pelos anos seguintes, acordo esse que foi reafirmado posteriormente e que serviu de embrião para a indicação de Michel Temer para ser o vice na chapa presidencial de Dilma Rousseff em 2010.

 

Esse acordo surgiu em meio ao racha da base de sustentação de Luiz Inácio Lula da Silva na eleição para a presidência da Câmara em 2007.

 

De um lado, o governista Aldo Rebelo (PC do B-SP) tentava a reeleição apoiado principalmente pelo chamado “bloquinho”, formado pelo PC do B, PSB e PDT.

 

De outro, o PT se unia ao PMDB em torno do nome de Arlindo Chinaglia (PT-SP). O acerto era simples: o PT comandava a Casa no biênio 2007-2009; o PMDB, no biênio 2009-2010 –o que de fato, ocorreu.

 

Chinaglia venceu Rebelo com margem estreitíssima (261 votos contra 243) e validou o acerto: dois anos depois, o peemedebista Michel Temer era eleito para o comando da Casa, passo anterior para virar vice de Dilma.

 

Em substituição a Temer, entrou o petista Marco Maia (2011-2013), agora substituído por Henrique Alves.
Em todos esses acertos, Henrique Eduardo Alves, o mais antigo deputado da Câmara, com 11 mandatos, sempre desempenhou papel fundamental. Agora, está recebendo a fatura.

Fonte: Seção ‘Poder’ da Folha de S.Paulo

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