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A Filha do segurança que foi morto a tiros na BA soube do crime pela TV e ficou chocada

Segurança baleado enquanto estava a caminho do trabalho foi enterrado nesta sexta, em Salvador — Foto: Alan Oliveira/ G1

A filha do segurança Gilberto Marques dos Santos Júnior, de 28 anos, que foi morto com 18 tiros quando estava a caminho do trabalho, em Salvador, ficou sabendo do assassinato do pai pela televisão, segundo informações dadas ao G1, nesta sexta-feira (8), por familiares da vítima.

A menina, que não teve o nome revelado pela família, tem 7 anos e passou mal após a notícia.

“Ela soube que o pai estava morto pela televisão. Na mesma hora, teve uma crise de choro”, contou Raiane Conceição, prima do segurança.

Segundo a família, Gilberto era separado da mãe da menina, mas convivia muito com ela.

A garota, inclusive, costumava passar alguns dias na casa onde o pai morava com a madrasta, de acordo com os parentes.

Contudo, no momento em que soube da morte do pai, a criança estava na casa da mãe.

O crime ocorreu no final da tarde de quinta-feira (7), em um trecho da Avenida Vasco da Gama, em Salvador.

O carro dirigido por

Gilberto foi fechado por outro veículo, de onde saiu um homem que atirou diversas vezes contra ele.

Os familiares disseram que ele foi atingido por 18 tiros.

A família de Gilberto conta que não sabe o que pode ter provocado o crime. Segundo parentes, a vítima, que trabalhava como segurança há cerca de 7 anos, não tinha inimigos e nem envolvimento com crimes.

“Ele já trabalhou em vários lugares e nunca teve problema nenhum.

Era uma pessoa brincalhona, brincava com todo mundo, dava risada.

Era prestativo.

Foi uma surpresa para a família e para os vizinhos também.

Não tinha porque acontecer isso.

Ninguém acreditou quando soube.

Para eu acreditar, eu tive que ir lá”, disse Raiane.

O caso está sob investigação do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil. Até a publicação desta reportagem, ainda não havia informações sobre autoria e motivação do crime.

Gilberto foi enterrado na tarde desta sexta-feira, sob muita comoção.

O sepultamento ocorreu no Cemitério Campo Santo, no bairro da Federação. Dezenas de familiares e amigos participaram da cerimônia, inclusive a filha do segurança e a companheira dele. As duas estavam muito abaladas.

De acordo com familiares, Gilberto saiu de casa no final da tarde de quinta-feira para pegar o plantão no trabalho, no Horto Florestal, e fez o percurso de todos os dias.

Quando passava pela Av. Vasco da Gama, já perto do acesso ao Horto, ele foi surpreendido pelo assassino.

O crime ocorreu na altura de um retorno, perto do hipermercado Extra, por volta das 17h30. De acordo com a Polícia Militar, agentes da 41ª Companhia Independente (CIPM) estiveram no local, após denúncias, e acionaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que constatou a morte de Gilberto.

O segurança estava com a farda da empresa onde trabalhava, no momento do crime. Ele era funcionário da firma há 4 anos.

A mãe de Gilberto esteve no local do crime e conversou com uma equipe da TV Bahia. Abalada, durante a entrevista, dona Osvaldina Santos disse que o filho era um homem bom e que não esperava passar por isso.

“Meu filho era um homem bom. Se dava com todo mundo. Tinha as desavenças dele, mas o mundo está tão violento, e a gente não sabe, não é? Não pensei que fosse passar por isso, por essa situação que passei”, disse.

Por conta do caso e da apuração policial, o trânsito foi interditado na Avenida Vasco da Gama na noite da quinta-feira.

Conforme a Transalvador, o tráfego só foi liberado no local após a finalização da ocorrência, mais de uma hora depois.

De acordo com o órgão de trânsito, a situação deixou reflexo nas avenidas Anita Garibaldi, sentido Centro, e General Graça Lessa (Vale do Ogunjá), sentido Vasco da Gama.

Em nota, a Transalvador chegou a orientar que os condutores evitassem a região.

Alan Oliveira

 

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