Uma jovem de apenas 13 anos foi assassinada com um tiro na nuca na manhã da última terça-feira (27) em Taubaté, interior de São Paulo. Uma amiga da vítima, de 12, confessou o crime.
De acordo com informações da polícia local, a adolescente, identificada apenas como Ana Lívia, foi surpreendida com o disparo da amiga dentro da própria casa, no bairro Jardim Paulista.
O corpo da vítima foi localizado horas mais tarde. A Polícia Civil foi chamada, analisou imagens de uma câmera de segurança e identificou a suspeita.
A atiradora foi localizada na escola em que estudava com Ana Lívia e confessou o crime em depoimento aos policiais. Ela afirmou que decidiu matar a amiga depois de um desentendimento entre elas.
A arma do crime foi encontrada na casa da menor de idade e apreendida. A atiradora contou que conseguiu acesso ao revólver, uma pistola calibre 380, na casa de um parente no último fim de semana.
O caso foi registrado na delegacia e continua sendo investigado.
Não foram divulgadas maiores informações sobre a criminosa. Já o corpo de Ana Lívia foi velado na manhã de quarta-feira (28). O enterro está previsto para acontecer na sequência.
1.300 armas por dia
Desde que chegou ao poder em 2019, Jair Bolsonaro (PL) editou mais de 40 decretos para facilitar o acesso da população civil às armas, escancarando um mercado que registra média de cerca de 1.300 armas compradas por brasileiros por dia. O relatório é do Instituto Sou da Paz.
Nessa busca frenética para facilitar a aquisição de armamentos, proporcionando uma alegria para as indústrias de armas e munições como nunca ocorreu na história do país, o número de novas armas nas mãos de civis explodiu.
Em 2018, um ano antes de Bolsonaro ser eleito, havia 350 mil armas registradas em nome de colecionadores, atiradores e caçadores (os chamados CACs), número que passou para 1 milhão em julho de 2022. Ou seja, triplicou.
A Taurus, principal fabricante de armas do Brasil, teve lucro líquido de R$ 307 milhões em 2018. Em 2021 lucrou R$ 1,3 bilhão, um aumento de 323%.
Será que alguém está se beneficiando financeiramente com os decretos de Bolsonaro?
RPP