Boa parte do trabalho de um militante progressista, nesses tempos em que a concentração da mídia está na mão de meia dúzia de famílias conservadoras, é de vital importância que ele aponte as mentiras e distorções que surgem aos montões no debate público.
Não precisa ir muito longe para encontra-las.
Por exemplo: Ao abrir os sites dos vetustos jornalões das famílias detentoras do poder na área de comunicações, logo iremos nos deparar com grandes mentiras.
Hoje mesmo me deparei com 3 grandes lorotas.
A primeira vem de Mônica Bergamo, na Folha.
Segundo a articulista, a campanha de Alckmin vai descolar-se do governo Temer vinculando-o ao PT.
Vincular Temer ao PT, como?
O argumento será de que Temer só chegou à Presidência porque Lula o escolheu para vice de Dilma Rousseff.
Dar para imaginar a construção desse jogo de palavras?
A ideia a ser colocada em prática é usar fotos da dupla e imagens em que petistas elogiam o agora presidente”, disse ela.
Sinistro, não?
O PSDB aliou-se a Temer sob o comando de Aécio Neves para perpetrar o golpe e para governar.
Indicou tucanos de alta plumagem para ministérios de peso, como José Serra, Alexandre de Moraes – que depois foi nomeado ministro do STF por Temer, Aloysio Nunes e outros.
O programa econômico privatizante e a política externa subserviente aos EUA são as principais ações dos tucanos.
O apoio amplo, geral e irrestrito, dos congressistas do PSDB às medidas temeristas é outro elemento que não deixa margem para dúvidas sobre a ligação entre Alckmin e o governo do golpista.
Usar fotos e elogios de petistas a Temer para falsear esta estrondosa realidade só pode ser “brincanagem” que significa a mistura de brincadeira com sacanagem.
A segunda lorota do dia é o editorial do Globo, que discorre sobre o programa de governo apresentado pelo PT.
O editorial é o “combo completo do reaça”.
Parece que foi escrito por um comentarista clássico do G1:
Defesa canhestra das privatizações; fala em Hugo Chávez e Venezuela para criticar a ideia de uma Constituinte; e por fim afirma que a proposta – óbvia, singela, constitucional – de regular as comunicações, para impedir que detentores de concessões públicas restrinjam o pluralismo e a diversidade, “resulta no estrangulamento da liberdade de expressão e de imprensa”.
Como fazem com este simples mortal, Carlos Lima, ancora do Programa Jornal da Povo, da Rádio Povo, onde nossos comentários e informações sempre baseados na verdade são criticados, pois desejariam fossemos subserviente e marionetes de suas posições fascistas.
Essas posições é que deveriam únicas para formar opinião.
A repetição ad infinitum de mentiras e distorções pode até fazê-las parecerem verdade.
O nazismo foi eficiente no uso na disseminação.
E com isso chegamos até a Bolsonaro que distorce o dicionário.
Questionado sobre as declarações bizarras do seu vice, o general Mourão, quando disse que herdamos a “indolência índigena” e a “malandragem africana”.
Sobre isso o Bolsonaro disse o seguinte:
O que é a indolência?
É a capacidade de perdoar?
Veja aí no dicionário.
É a capacidade de perdoar?
O índio perdoa.
Não é isso?
Que mais?
Malandragem. Esperteza. É a mesma coisa?
É isso? Ohhhh.
Me chamam de malandro carioca o tempo todo. O que mais?
Gerinaldo Costa meu amigo, companheiro e parceiro de programa desfilou uma enormidade de sinônimos sobre o que significa indolência.
Vejamos: 24 sinônimos de intolerância para 2 sentidos da palavra intolerância:
Ausência de tolerância:
1) austeridade, dureza, incomplacência, intransigência, exigência, impaciência, inclemência, incompreensão, inflexibilidade, insofrimento, rigidez, rigor, sectarismo, severidade.
Repressão face ao que é diferente:
2) agressão, coação, discriminação, fanatismo, opressão, paixão, perseguição, preconceito, repressão, violência.
Pois bem, confirmei que no dicionário não há nada remotamente perto de “capacidade de perdoar” no vocábulo “indolência”.
O general quis dizer que índio é preguiçoso mesmo.
Que descendentes de africano é bandido mesmo.
É uma daquelas adjetivações usadas por reacionários que tentam justificar o seu injustificável preconceito.
Bolsonaro sabe disso e sabe também que a malandragem atribuída aos africanos por Mourão não quer dizer simplesmente esperteza.
Sua saída é tentar enrolar os desavisados.
Alckmin, Globo e Bolsonaro são as estrelas de hoje do eterno e deplorável festival de mentiras e distorções proporcionado pela estrema direita brasileira.
É o que lhes resta, levando em conta a indefensabilidade do seu programa brutal de manutenção da exclusão, da miséria e da sociedade de castas em que vivemos.
O que mais me preocupa é quando vejo e ouço pessoas pelas quais tenho certa admiração pelo esforço que fez durante a sua vida em constuir um patamar mais elevado e receber o reconhecimento pelo seu crescimento intelectual e espiritual,
Afirmarem que Bolsonaro é o homem certo para governar o nosso país.
Essa posição deixa transparecer que está negando o seu próprio crescimento como ser humano.
A história já nos provou, fartamente, o que esse tipo de ser humano pode ser capaz de fazer.
Dessa forma podemos reconhecer que ainda não fomos capazes de aprender com os nossos erros.
As miséria, a fome, os sofrimentos e as guerras, não foram lições suficientes para aprendermos a construir um futuro mais digno.
Adolfo Hitler surgiu na Alemanha no após I guerra mundial. A nação fora humilhada pela França na assinatura do armistício, a rendição alemã, o desemprego era absurdo, a fome estava presente, e a moral nacional no chão.
Assim surgiu o salvador da pátria o ator orador e nacionalista Adolfo Hitler, que salvou e ao mesmo tempo, em menos de 10 anos arrasou a nação e que se viu dividida entre os vencedores da II guerra mundial, um muro, conhecido como o muro de Berlim, dividia o país entre os aliados e os soviéticos.
Aqui não será preciso muro, os EUA dominará plenamente com o consentimento tácito dos entreguistas e destruidores da nação brasileira.
editor do cljornal