O clima de mórbidas semelhanças entre o Brasil de hoje e a Alemanha dos anos 30, com a ascensão de Adolf Hitler,.
Não posso fazer comparações entre um e outro, Para Bolsonaro: falta a este talento, oratória e, demências à parte, visão estratégica de país.
Entretanto pelo desempenho, sugere que, mais cedo ou mais tarde, acabaremos por ter aqui algo que lembre a um massacre ocorrido na noite do dia 30 de junho na Alemanha.
Para quem não conhece o episódio, relembro.
Pouco mais de um ano depois de ascender a primeiro-ministro da Alemanha, preocupado com o comportamento e a força de seus “Destacamentos Tempestade”, as Sturmabteilung (SA), o ditador alemão desfechou uma ação para desmontá-las, eliminando descontentes com suas posições.
Bolsonaro, logo, terá de fazer opções.
O descalabro do grupo “ideológico” da extrema-direita, que Olavo de Carvalho vocaliza, terá de ser eliminado ou virar discurso oficial.
A tendência seria, aliás, como fez Donald Trump com Steve Bannon, o guru internacional de seu filho Eduardo, eliminá-lo.
Mas Bolsonaro faz o contrário.
Tem dado espaço e prestígio às falanges civis da direita, como contraponto à influência militar.
Sem ela, porém, não se sustenta.
Quando Olavo de Carvalho diz que ‘Se continuar assim, mais seis meses e acabou‘, não creio que esteja tão errado.
Algo terá de se acabar, e o mais provável é que sejam as SA cibernéticas das quais ele é uma das referências.
Até porque quem entende de “mercado” especulativo, que é o setor satisfeito com o governo Bolsonaro, já aposta no fracasso.
Portanto, não com a mesma intensidade de como ocorreu a “Noite das Longas Facas”, mas com resultados e consequências inesperados.
Algo com certeza deve ocorrer se Jair Bolsonaro deseja permanecer no poder.
cljornal com informações de Fernando Brito