Outros fornecedores de commodities agrícolas para a China não serão impactados pelo acordo comercial com os Estados Unidos já que as compras serão baseadas em princípios de mercado, afirmou o vice-premiê Liu He, de acordo com reportagem da estatal CCTV nesta quinta-feira (15).
Liu falou na quarta-feira em entrevista à imprensa após assinar a Fase 1 do acordo comercial com o presidente dos EUA, Donald Trump. O acordo inclui promessa da China de comprar ao menos US$ 12,5 bilhões adicionais em produtos agrícolas em 2020, e ao menos mais US$ 19,5 bilhões a mais do que o nível de 2017 de US$ 24 bilhões em 2021.
As empresas chinesas importarão produtos agrícolas dos EUA de acordo com as necessidades dos consumidores, e a demanda e oferta no mercado, disse Liu a repórteres, de acordo com a CCTV.
“O mercado da China é uma parte muito importante do mercado internacional agora. Não é como se qualquer país pudesse exportar (para a China) tantos produtos quanto quiser. É preciso mostrar a competitividade do produto”, disse ele.
As declarações de Liu destacam as incertezas que ainda persistem sobre o acordo e como a China vai implementar o aumento nas importações dos EUA após 18 meses de disputa que levaram os compradores agrícolas chineses a mudarem suas cadeias de oferta.
A competição entre fornecedores de soja dos EUA e do Brasil será um foco já que existem preocupações de que a China possa cancelar algumas importações brasileiras para aumentar as compras dos EUA.
A China compra cerca de 80% das exportações de soja do Brasil.
Reuters