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Confederação de caminhoneiros condena bloqueios e vê agro por trás de protestos

O AGRO FINANCIA PARALISAÇÃO

A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL) condenou os protestos de caminhoneiros que bloqueiam estradas pelo país e acusou empresários do setor agropecuário de estarem por trás das manifestações contra o resultado das urnas do último domingo que elegeram Lula à Presidência.

“A CNTTL repudia veementemente o movimento antidemocrático organizado por grupos rivais bolsonaristas que bloquearam algumas rodovias na segunda-feira, 31 de outubro, causando transtornos e represando o transporte de cargas.”

“Esses grupos, que segundo eles têm apoio de alguns  representantes do Agronegócio, estão divulgando a ‘falsa alegação de que essa manifestação é dos caminhoneiros’.

Importante deixar claro que esse movimento não é organizado pelos trabalhadores.”

“Os caminhoneiros autônomos e celetistas são vítimas desses bloqueios, uma vez, que esses grupos contrataram fretes de caminhões caçambas com pedras e terras para dificultar a passagem nas rodovias”, afirmou a entidade por meio de nota.

Os protestos começaram ainda na noite de domingo, horas depois de o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) confirmar a eleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), às 16h desta segunda, 211 bloqueios ocorriam em estradas de 16 estados do país.

O tráfego na Rodovia Presidente Dutra, principal ligação entre as cidades de São Paulo e o Rio de Janeiro, foi fechado nos dois sentidos na manhã de segunda. Já no Mato Grosso, também há bloqueios na BR-163.

Em vídeos que circulam na internet, os manifestantes afirmam que não reconhecem o resultado da eleição. A deputada federal bolsonarista Carla Zambelli (PL) publicou no seu perfil do twitter uma mensagem de apoio aos protestos.

Já a presidente do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann, disse que os bloqueios prejudicam o país e cobrou soluções das autoridades.

A PRF afirmou que já acionou a Advocacia-Geral da União (AGU) para que o órgão tome alguma medida judicial para liberação das estradas federais. A PRF, contudo, declarou que dialoga para garantir o direito de manifestação dos cidadãos.

Vinicius Konchinski

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