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Ministro Luiz Alberto diz que acordo do algodão é avanço na relação comercial com EUA

O ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, circunscreveu o acordo com os EUA no caso do algodão a um avanço nas relações comerciais entre os dois países, ao ser questionado se o acerto seria mais um passo para a melhora do relacionamento bilateral, afetado pelas denúncias de que a presidente Dilma Rousseff foi espionada pelo governo americano, surgidas no ano passado.

 

“Todo mundo sabe os fatos que ocorreram, fatos gravíssimos de escutas não autorizadas, e isso continua um problema. O que foi feito hoje dá um passo interessante na parte comercial da relação, ao resolver um contencioso que já leva 12 anos. Se houve um benefício? Sim, para a parte comercial da relação”, afirmou ele, em Washington, caracterizando o acordo como “um passo a favor de um aperfeiçoamento das relações comerciais entre Brasil e EUA”.              

 

Segundo Figueiredo, o acordo fechado nesta quarta-feira “é uma solução de um problema específico de uma área específica, que é a área comercial”.

 

O ministro afirmou que as relações comerciais são parte das relações entre os dois países. “Uma coisa é a área comercial e a outra coisa é a área política. Não acho que haja uma confusão entre as duas coisas. As duas coisas são parte da relação maior.”

 

As denúncias de que Dilma foi espionada pelo governo americano levaram a presidente a adiar uma visita de Estado a Washington marcada para outubro do ano passado.

 

Isso levou a um esfriamento das relações, que voltaram a melhorar gradualmente neste ano. Em junho, por exemplo, o vice-presidente americano, Joe Biden, se encontrou com Dilma em Brasília.

 

“O meu chapéu aqui neste momento é o chapéu de negociador de comércio internacional”, disse Figueiredo nesta quarta-feira, em entrevista a jornalistas brasileiros em Washington.

 

“É importante termos a consciência de que foi dado um passo importantíssimo em benefício do setor produtivo brasileiro, mas também foi dado um passo importante no aperfeiçoamento das relações comerciais entre o Brasil e EUA. É isso o que a gente veio fazer aqui. Essa é a pauta”, afirmou ele, que veio a Washington acompanhado pelo ministro da Agricultura, Neri Geller, para fechar o acordo para encerrar o contencioso do algodão.

 

 

Fonte: Sergio Lamucci

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