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Maçonaria: A lenda que mostra nossos verdadeiros inimigos

O ser humano, as instituições, as posições, se deparam e convive com os contrários, fato que pode ser encarado como normal, mas, os resultados não ficam apenas nas teorias dos contraditórios, delas também surgem os inimigos que as transformam em batalhas e guerras destrutivas.

Na Maçonaria quando analisamos a Lenda de Hiram, absorvemos uma dura e contundente lição, cortamosna própria carne para o verdadeiro aprendizado.

Descobrimos que o verdadeiro inimigo da Maçonaria não se encontra fora dela, não é do lado externo do nosso Templo.

Ele se encontra em nosso meio, ele está entre aqueles que chamamos de irmão. É aquele Companheiro que mata o mestre, por inveja, por ambição, é aquele que trai o irmão e a Loja aos pés do Altar, entre colunas.

Nós sabemos que Lenda é Lenda, mas nessa existe a lição e o chamamento à reflexão sobre o assassinato do mestre Hiram.

Lutar contra um inimigo externo não é difícil. Difícil é lutar contra alguém que nos chama de irmão e que jurou nos defender em qualquer circunstância.

Difícil é lutar contra o que não se consegue enxergar, por confiar.

O ator e Maçon, Edwin Rooth, certa vez disse: “Nunca em parte alguma, tenho encontrado tragédia tão real, tão sublime, tão magnificente como a Lenda de Hiram.”

Em outra parte do texto ele afirma: “Ser um Venerável Mestre é jogar minha própria alma nesse trabalho, com o candidato para minha plateia e a Loja para meu palco; seria a maior distinção pessoal, muito mais do que receber os aplausos do povo do Teatro do Mundo.”

Precisamos sepultar o simbolismo dos três assassinos, eles não podem continuar se manifestando em nosso meio, através da ambição e do comportamento nefasto de não assumir nossos princípios Maçônicos de Liberdade, Igualdade e Fraternidade.

Onde está a ‘Liberdade’ dos irmãos Maçons, onde se encontra essa ‘Fraternidade’ e onde se localiza o sentimento de ‘Igualdade’, no momento em que a Maçonaria tradicional não reconhece a aplicação prática desses princípios, pelo não reconhecimento da existência da Maçonaria Mista?

A Maçonaria é o resultado da prática dos seus ensinamentos, princípios, ritos e simbolismos. Como podemos esquecer que a nossa Instituição é essencialmente iniciática, filosófica, filantrópica, progressista e principalmente evolucionista.

Nós proclamamos a prevalência do espírito sobre a matéria. Pugnamos pelo aperfeiçoamento moral, intelectual e social da humanidade, por meio do cumprimento inflexível do dever, da prática desinteressada da beneficência e da investigação constante da verdade.

Diante de tudo isso, a Maçonaria tradicional despreza o seu processo progressista e evolucionista, pelo não reconhecimento da igualdade que tanto prega, rejeitando a mulher, a mãe dos seus filhos; as companheiras tidas como cunhadas, como verdadeiras irmãs. Elas são seres humanos geradores de vida e de bons costumes. Onde está esses bons constumes?

Fonte: Carlos Lima

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