A empresa norte-americana iRobot, mais conhecida por ser a criadora do robô Roomba, está começando uma batalha judicial que promete. Ela simplesmente resolveu processar de uma vez 11 de suas concorrentes no mercado de aspiradores automatizados.
O motivo? Uso impróprio de propriedades intelectuais, a famosa quebra de patentes. A alegação da iRobot é que as marcas teriam usado registros oficiais de tecnologias da empresa, como “o sistema de detecção de obstáculos, a cobertura multimodal de limpeza, sistemas de navegação, sensores de proximidade, agendamento de controle-remoto e sistemas de alerta” — sem contar o design já clássico, em um formato que lembra um frisbee ou disco de hóquei.
Estão entre as acusadas as marcas Bissell Homecare, Hoover, Bobsweep, Royal Appliance, Black & Decker e Shenzhen Silver Star. Fornecedoreas de componentes para essas marcas também entraram na lista.
Briga de robôs
A iRobot de fato foi a pioneira no mercado de robôs-aspiradores com o Roomba e há semelhanças bem notáveis entre ele e alguns rivais. Porém, caberá ao juiz responsável decidir se isso será o suficiente para a alegação de cópia.
A fabricante canadense Bobsweep foi uma das que respondeu diretamente a acusação. “Achamos interessante que, na medida em que fica para trás em termos de tecnologia e perde fatias de mercado ano após ano, a última estratégia dela seja frear a competição de posicionamento de marca, inovação em tecnologia e satisfação do cliente, direcionando isso à corte com intimidação e litígio”, diz o comunicado.
De fato, a estratégia é uma tática velha de empresas pioneiras em algo: desacelerar um mercado aquecido com processos para desviar a atenção das concorrentes e, na melhor das hipóteses, ainda sair com a vitória. O caso ainda não tem data para ser julgado.