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O filme Custódia, sobre uma mulher que se separa de marido violento, foi o vencedor do prêmio César

Foto: Reuters/Gonzalo Fuentes

O filme “Custódia”, que aborda a questão da violência de gênero, foi o grande vencedor do prêmio César do cinema francês.

Ele levou quatro estatuetas, incluindo melhor filme, na cerimônia celebrada na sexta-feira.

“Quando rodamos o filme, em 2016, 123 mulheres foram assassinadas pelo companheiro ou ex-companheiro.

No decorrer do ano, 25 mulheres foram assassinadas, o que quer dizer que passamos a uma mulher a cada dois dias, enquanto em 2016 era uma a cada três dias”, disse o diretor do filme, Xavier Legrand.

Léa Drucker foi a vencedora do prêmio de melhor atriz por seu papel de uma mãe que tenta recompor a vida após a separação de um marido violento.

Ela saudou “todas as mulheres, todas as feministas que escrevem, atuam, elevam a voz e defendem diariamente a causa das mulheres, desafiando com frequência insultos e todo tipo de agressividade”.

“Custódia” também recebeu os prêmios de roteiro original e montagem.
Outros premiados

A 44ª edição do César premiou ainda Jacques Audiard como melhor diretor pelo western franco-americano “The Sisters Brothers”.

Alex Lutz foi escolhido o melhor ator por “Guy”, filme que também escreveu e dirigiu.

A cerimônia também prestou uma homenagem a Robert Redford, de 82 anos, que recebeu um César honorário.

Em seu agradecimento, o ator e diretor americano recordou algumas de suas primeiras viagens à França.

France Presse

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