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Carol Duarte, a Ivana de ‘A força do querer’, defende debate sobre transfobia

Ivana Carlos

Carol Duarte, intérprete da Ivana de “A força do querer”, está em seu primeiro papel numa novela e entende que abordar o tema da transgeneridade pode promover reflexões entre os telespectadores. A atriz, de 25 anos e que tem sua origem no teatro, no entanto, esquiva-se do autodestaque na trama:

— O protagonismo é das pessoas trans. Como sou atriz de teatro, este assédio da imprensa e do público é muito novo. Como artista, estou me dedicando e emprestando o que eu tenho com o maior carinho do mundo, estou feliz de uma novela das nove este tema vir à tona.

Na próxima semana, Cláudio (Gabriel Stauffer) anuncia à pretendente que marcou outra viagem para eles. Ivana aceita o convite e, durante o passeio, aceita usar um biquíni. Ainda assim, ela se angustiada com o próprio corpo. Apesar de a fase ainda ser de medo e de descobertas para a personagem, Carol acredita que o início de sua libertação vai abrir novos caminhos:

— Acredito que a transformação vai ser muito bonita. Ivana se liberta de certas coisas, passa a querer entender esse mundo e acredito que ela vai ser muito feliz. A primeira grande questão dela é entender o que está acontecendo.

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Ivana em “A força do querer” Foto: Rede Globo/Reprodução

No meio destes conflitos, está a pressão da mãe da personagem, Joyce (Maria Fernanda Cândido), de torná-la apegada à aparência.

— Ela é filha de uma mulher muito bonita, vaidosa. Então, este conflito é muito presente.

Engajada na causa, Carol Duarte não teme a reação do público em relação à descoberta da personagem sobre sua transgeneridade:

— Quando eu fiz o teste para a personagem, eu sabia da importância dele hoje no Brasil. As pessoas estão morrendo nas ruas, apedrejadas… O que me move como atriz e como artista é estar numa novela das nove levando essa questão para a sala de estar das pessoas. A principal questão é: falar sobre isso. Como mulher, também sofremos preconceito, machismo… Parece que a gente tem que provar muito mais para poder estar na mesma colocação. A luta pelo não-preconceito está aí. Isso que é o legal. A gente tem que falar sobre o trans, sobre a mulher, sobre o negro…

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