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Açougueira de homens: Ninguém saía vivo da fazenda de Belle Gunness

Açougueira de homens

Gunness foi uma mulher norueguesa que imigrou para os EUA em 1881. Segundo o jornal Chicago Tribune, ela nasceu na Noruega em 1859, com o nome de batismo Brynhild Paulsdatter Storseth. Anos depois, ela se tornaria uma das maiores assassinas em série do país.

Os crimes cometidos por Gunness aconteceram entre 1902 e 1908, no interior do estado de Indiana, nos EUA. Ela atraía potenciais pretendentes por meio de anúncios de jornais, com a promessa de partilhar suas terras e o seu dinheiro.

No entanto, esses visitantes começaram a desaparecer. O paradeiro deles permaneceu desconhecido até um incêndio na fazenda de Gunness em 1908 —que supostamente também matou a própria e seus três filhos.

 Após o incidente, as autoridades locais encontraram vários outros corpos no terreno. À medida que a história começou a surgir, Gunness foi acusada de diversos assassinatos.

Livros contam história da assassina
“O modus operandi dela era atrair esses solteiros solitários para sua fazenda colocando anúncios matrimoniais em jornais de língua escandinava. Esses caras inocentes apareceram na fazenda dela um atrás do outro, e desapareceram”, contou Harold Schechter, autor do livro “Hell’s Princess: The Mystery of Belle Gunness, Butcher of Men“, sem edição em português, em entrevista à Vice.

O número exato das vítimas de Gunness não é conhecido. No entanto, segundo a rede de televisão norte-americana A&E, especialistas dizem que ela assassinou de 14 a 24 pessoas.

 Antes dos assassinatos, ela foi casada duas vezes —e ficou viúva em ambas. As circunstâncias em que Gunness perdeu os dois maridos nunca foram esclarecidas, e são consideradas pela mídia norte-americana como “suspeitas”.

Os apelidos dados à assassina de homens. Após a descoberta dos crimes, Gunness ficou conhecida como a “primeira mulher assassina em série dos EUA”, a “açougueira de homens” e “Lady Barba Azul”.

Como ela matava as vítimas?
Quando os corpos foram encontrados nas terras de Gunness, descobriu-se que eles não tinham sido apenas envenenados, mas também esquartejados, segundo a DarkSide Books, editora responsável pela edição brasileira do livro “Lady Killers Profile: Belle Gunness“.

Envenenamento com pesticida. De acordo com a A&E, após atrair os homens para sua propriedade, ela oferecia uma refeição e uma xícara de café com uma dose de estricnina, uma substância tóxica muito usada como pesticida.

Então, após o envenenamento, ela eliminava os corpos de várias maneiras: enterrando alguns, esquartejando e queimando outros ou até mesmo alimentando seus porcos com restos mortais de alguns deles.

 Possível testemunha dos crimes
Outro detalhe importante na história é a existência de Ray Lamphere, um ex-ajudante que Gunness havia demitido. Segundo Schechter, especula-se que ele se relacionou com a assassina, mas foi dispensado com a chegada de outro pretendente.

Após demitir Lamphere, Gunness começou a alegar publicamente que ele estava ameaçando incendiar a casa. O autor do livro sobre a assassina afirma ainda que Lamphere foi testemunha de um dos assassinatos cometidos pela mulher e ameaçava revelar os fatos.

Após o incêndio, então, Lamphere foi acusado de incêndio criminoso e assassinato. Ele foi julgado e condenado apenas pelo incêndio.

Paradeiro misterioso
Entre os destroços encontrados após o incêndio na fazenda de Gunness estavam os corpos dos três filhos dela e o cadáver decapitado de uma mulher. Embora as autoridades tenham identificado os restos mortais como sendo de Gunness, o paradeiro da assassina se tornou um mistério. Na época, foi questionado se o corpo realmente pertencia a ela, porque era aparentemente menor do que o da assassina.

“Ainda é um mistério. Não se sabe se Belle morreu no incêndio ou escapou”, considerou o autor Schechter, à Vice.

Com informações contidas no livro “Hell’s Princess: The Mystery of Belle Gunness, Butcher of Men“

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