Uma mulher de 36 anos, moradora de Temple, Texas, nos Estados Unidos, sofreu uma hérnia de disco durante uma relação sexual. Posteriormente, ela descobriu que, caso não tivesse atendimento médico rápido, poderia ter ficado paralítica.
O caso de ‘hérnia de disco lombar intracoital causando síndrome da cauda equina’ foi detalhado na revista médica The Visual Journal of Emergency Medicine em janeiro. Os médicos informaram que houve “poucos ou nenhum caso” assim antes.
Segundo o relato, a mulher sentiu uma dor indescritível no cóccix enquanto fazia sexo. Dois dias depois, ela resolveu procurar ajuda médica, pois percebeu que a área ao redor do osso estava inchada e dormente e ela não sentia as pernas direito.
Ao ser atendida por profissionais, a paciente descobriu que apresentava a síndrome da cauda equina (CES), uma condição grave que, caso não receba tratamento cirúrgico imediato, pode deixar o paciente paralítico.
A hérnia, que consiste em uma lesão provocada pelo deslocamento de tecido conjuntivo dentro corpo, levou ao quadro de cauda equina.
A paciente realizou o processo cirúrgico para a descompressão do canal vertebral, mas passou a apresentar perda de sensibilidade no períneo e na superfície interna de ambas as coxas. Os resultados de todos os exames físicos de rotina voltaram ao normal, sem dor na coluna vertebral ou anormalidade da pele relatada.
Exames neurológicos, no entanto, detectaram perda de sensibilidade no períneo – a área entre o ânus e a vulva – e nas superfícies internas das coxas, bem como nos membros inferiores, de acordo com médicos do Baylor Scott and White Memorial Hospital.
Além dos sintomas iniciais, a mulher acrescentou que não conseguia esvaziar completamente a bexiga e estava sentindo incontinência intestinal. Os médicos fecharam o diagnóstico com essa informação, uma vez que a cauda equina – um feixe de raízes nervosas – controla as funções fisiológicas da bexiga e do intestino.
Uma ressonância magnética também revelou uma anormalidade em suas vértebras e uma grande hérnia de disco também foi encontrada entre a quinta e a sexta vértebras, colocando pressão significativa nas raízes nervosas. Tudo isso levou os médicos a diagnosticá-la com CES.
A condição é relativamente rara e afeta cerca de uma a três em cada 100.000 pessoas no Reino Unido, de acordo com a Chartered Society of Physiotherapy. Nos EUA, estima-se que afete cerca de sete em cada 100.000 pessoas.
The Visual Journal of Emergency Medicine
