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Legislativo feirense: poder questionável/ Por Sérgio Jones

O legislativo feirense se tornou folclórico no seio da população devido as sucessivas patuscadas em que tem se envolvido e praticado, durante as suas atividades.

O grupo de parlamentares é integrado por pessoas de pouca ou nenhuma formação, respeitando e ressalvando as poucas e honrosas exceções.

O legislativo feirense tem se projetado na mídia local não pelo seus méritos, mas por não ter tido uma atuação compatível com as suas funções e responsabilidades, que deveria emanar daquele poder.

Que é lutar e preservar os interesses da coletividade, defendendo e fiscalizando com competência a aplicação dos recursos públicos realizados pelo executivo, o que nunca acontece.

Os sucessivos e escabrosos escândalos que envolvem este poder redundam, na maioria das vezes, em desvio de função por parte de suas excelências. Que procuram sempre defender estritamente os comezinhos interesses de grupos políticos, totalmente desvinculados das reais necessidades sociais.

O mais grave a ser considerado é que tudo isso acontece em um momento em que se atravessa uma grave crise, o advento da Covid-19.

Embora sejam eles, parlamentares, regiamente bem pagos com recursos públicos, estão sempre a serviço de interesses nada convencionais, que pouco ou quase nada tem a ver com a relevância do cargo para o qual foram eleitos.

A quebra de decoro por parte de seus membros se tornou prática comum, não é exceção, é a regra. Recentemente, o seu presidente Fernando Dantas Torres (PSD) subiu à tribuna da Casa para declarar ter sido usuário de cocaína.

Justificou tal prática sob o argumento de que a compra da droga, era feita com o dinheiro dele.

Como se esse fato justificasse o seu ato criminoso. Essa é apenas uma das aberrações, dentre muitas outras, proferidas por ele, e alguns de seus pares.

O espetáculo dantesco tem que continuar, não pode parar, os absurdos continuam se sucedendo a despeito do decoro e da opinião pública.

Quando se acha que já se viu de tudo, surge um acontecimento novo. O vereador Lulinha da Conceição (DEM), visceralmente servil ao executivo está se utilizando de uma prática normal, a visita recente do deputado federal Zé Neto (PT) ao legislativo de seu município. Para ameaçar com a judicialização do ato.

Tenta justificar a sua ação atoleimada devido ao fato da visita acontecer justamente quando se realiza CPI da Cesta Básica.

O vereador acusa o deputado petista por ter ele interesse direto na CPI, já que o mesmo moveu um processo contra o prefeito de direito e não de fato, Colbert Martins (MDB), em que denuncia a suspeita da prática de seu adversário de abuso econômico, ao distribuir cesta básica durante a campanha eleitoral de 2020.

Tal interpelação, por parte do edil deixa transparecer que existe temor por parte de seu grupo político. E tenta dessa maneira criar uma espécie de cortina de fumaça, em torno do caso.

Do que você tem medo excelência, de que a verdade prospere? Ao que parece o gato se escondeu, mas deixou o rabo de fora.

Sérgio Jones, jornalista (sergiojones@live.com)

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