É inexorável de que a Maçonaria é um sistema de moralidade e ética social além do seu cerne ser constituído de liberdade de expressão, humanismo. busca permanente da verdade, livre escolha religiosa e construção da liderança ética.
No entanto seus membros são seres humanos que estão sujeitos, pela formação individual recebida no mundo profano ou não, a cometerem deslizes em sua conduta moral.
Tal comportamento é universal no meio dos diversos seguimentos sociais. Estamos sempre nos com informações sobre dos e atitudes antiéticas dos seus membros em todas as escalas hierárquicas.
Na Maçonaria não é diferente. Não se culpa o todo, pelo comportamento de alguns.
Tais situações se originam nas escolhas de cada um. Parte delas na intenção de expansão e falhas nos convites.
Primeiro deve-se analisar profundamente o escolhido, o item amizade pessoal não deve ser levado em consideração. O mais importante é comportamento no mundo profano e suas ações individuais ao longo de sua atual existência que lhes proporcione a condição de ser chamado de irmão (…).
Todas elas voltadas a honestidade, moralidade, liberdade, humanidade e respeito a vida do semelhante.
Quando o sentimento pessoal e não Maçônico prevalece na decisão do convite, as probabilidades de se fazer a escolha errada é de 65% a 75% de chances.
Quando não cometem atos que ferem os princípios Maçônicos, abandonam a “Ordem” sem explicações plausíveis.
Muitos desejam o ingresso na Maçonaria pensando em se projetarem socialmente, na psicose de ficarem ricos, ou serem considerados como tal. Um erro fatal.
Mesmo por que:
“O maçom deve ter os olhos abertos para os males da sociedade. Não pode fechar os olhos para o sofrimento do próximo, pois o compromisso do maçom é buscar a felicidade da humanidade. O maçom é um homem de atitude, que procura Construir Templos às virtudes e Cavar Masmorras aos Vícios. A compaixão nada mais é do que um sentimento de quem se incomoda com a infelicidade alheia, pois deseja a felicidade da humanidade. Nada mais é do que um sentimento de quem se irrita com as injustiças, pois tem um compromisso com o que é justo. Enfim, a compaixão é um sentimento próprio do maçom, que faz parte do seu ser enquanto houver injustiça no mundo. É o seu combustível que o mobiliza para seu objetivo como maçom. E quais são os caminhos para os quais essa compaixão nos leva, em direção a justiça? Podemos crer que, dentre tantos caminhos, o principal seja as ações e a caridade. (Desmistificando a Maçonaria, Ismail, 2012, p.96.”
Parte da origem da Maçonaria Especulativa
A atual Maçonaria Especulativa descende da Maçonaria Operativa, que era uma associação de pedreiros com códigos secretos de reconhecimento e conhecedores do antigo ofício de construção. Portanto, a Maçonaria não teve seu surgimento com a Grande Loja em 1717 em Londres, que em seus primeiros anos ainda contava com membros Operativos.
A liquidação dos maçons Operativos ocorreu na Revolução Industrial no fim século XVIII esse maçom desapareceu completamente, foi obrigado, pelas circunstâncias, a se tornar um operário e trabalhar 80 horas por semana.
A Maçonaria se deparava com outra realidade. Na Inglaterra e na França ela passou a ser governada por nobres. Portanto a Maçonaria perdeu sua orientação original. Os dirigentes, membros da nobreza, eram adeptos do ócio ostentatório, imitando ou praticando o estilo de vida da nobreza.
Com isso lacunas foram criadas e alimentadas na formação dos conceitos do que é ser Maçom que predominam nos tempos atuais.
Será que os irmãos entendem o que é ser Maçom?
Ou simplesmente se satisfazem com o título?
Carlos Lima