A arrogância, vaidade e o elitismo, entre outros pecados capitais, são as premissas que vem norteando, há muito tempo, a falta de um modelo de justiça célere e competente. O que transformou o Brasil em Casa da mãe joana, no país da impunidade.
Exemplos a todo momento são presenciados pela população, como no caso específico do espetáculo dantesco oferecido pelo advogado Claúdio Gastão da Rosa Filho ao agredir verbalmente Mariana Ferrer durante audiência na qual o crime denunciado por ela foi enquadrado no conceito de “estupro culposo”, que tem um histórico de culpabilização de mulheres que alegam ter sido vítimas de estupro.
Em 18 de julho de 2019, está assinado pelo causídico um artigo intitulado Falsos Amores, Falsas Acusações, publicado no Portal JusCatarina, especializado em assuntos jurídicos.
Curiosamente, a data do relato coincide com a época em que André de Camargo Aranha, 42 anos, cliente do advogado, foi indiciado por estupro de vulnerável, após ter sido acusado por Mariana Ferrer.
O advogado em questão, se refere às mulheres que denunciaram “falsos estupros” como “oportunistas que procuram fama.
Adotando um comportamento nada ético e com um amplo histórico no qual consta ter atuado em defesa de Olavo de Carvalho e Sara Winter. O que talvez explique a sua simpatia para com estupradores.
Por inúmeras vezes tem ele se posicionado em defesa desses criminosos. Caso considerado emblemático foi a graciosa defesa feita publicamente em prol de Gean Loureiro, prefeito de Florianópolis candidato à reeleição, formalmente acusado por essa modalidade de crime, pela ex-servidora Rosana Ferrari, que é candidata a vereadora. Vale ressalvar que embora não tenha participado da defesa, deu declarações altamente favorável ao prefeito.
Como sempre, as declarações de advogado do diabo são altamente tendenciosas, como deixa transparecer em suas declarações, merecendo especial atenção a que foi feita em referência ao prefeito.
Em que ele disse: “Dá para ver que tudo que ela fez foi premeditado, o prefeito foi vítima de uma armadilha mequetrefe, planejada de forma inescrupulosa por uma vereadora que levanta bandeira das vítimas de abusos sexuais”.
Sérgio Jones, jornalista (sergiojones@live.com)
