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Acusado de matar agente em São Luís tem passagem pela a polícia, diz delegado

Idael Melo Roxo que confessou ter matado Jorge Luís Lobo da Cunha possui passagens pela polícia pelos crimes de roubo e porte ilegal de arma de fogo.

Idael Melo Roxo, acusado de matar o agente penitenciário Jorge Luís Lobo da Cunha, de 36 anos, na tarde de domingo (9) na Avenida Litorânea, em São Luís, já possui várias passagens pela a polícia, conforme informações da Superintendência de Homicídios e Proteção à Pessoa (SHPP).

Segundo Leonardo Carvalho, delegado da SHPP, Idael possui passagens pelos crimes de roubo e porte ilegal de arma de fogo. Ele acrescenta que esta seria a sua quarta passagem pela polícia. “Essa seria a quarta passagem dele pela penitenciária. Ele já foi preso por dois roubos e um porte de arma e, inclusive, fui eu quem lavrou esse flagrante de porte de arma”, conta.

O delegado disse que o criminoso revelou em depoimento que o homicídio não ocorreu de maneira intencional e ele só atirou contra o agente porque acreditava que estava sendo alvo de disparos. As armas de fogo usadas para matar o agente foram conseguidas por meio de uma terceira pessoa que ainda não foi identificada.

“Ele não disse que fez isso de forma intencional. Ele nos contou que estava jogando futebol momentos antes do crime. Uma mulher teria virado para ele e falado que teriam duas pessoas na parte da areia e mais duas pessoas na parte do calçadão aguardando para matar ele e diante dessa informação, ele nos contou que fez contato com uma terceira pessoa e solicitou uma arma de fogo para supostamente se defender. Foram duas armas de fogo que teriam sido encaminhadas para ele e de posse dessas duas armas, ele saiu da areia do campo de futebol onde ele estava jogando em direção a pista, e quando ele estaria subindo a escada da praia ele ouviu disparos. Ele disse que começou a correr e atirou para trás. Ele confessa que efetivamente atirou com as armas que ele tinha e ele fala que pode ter pegado na vítima”, contou o delegado Leonardo Carvalho.

Sobre a versão contada em depoimento, o delegado da SHPP afirma que o que foi relatado por Idael não possui veracidade. “A gente tem uma técnica de interrogatório e nós conseguimos perceber quando a pessoa está mentindo, quando ela está fantasiando e na minha opinião pessoal e profissional, o interrogatório dele foi totalmente mentiroso. A lei garante esse direito a ele de mentir ou permanecer calado. Na minha concepção, 95 por cento do que ele falou é mentira”.

Além disso, o delegado Leonardo pontua que várias pessoas testemunharam o homicídio e reconheceram o criminoso através da sala de reconhecimento. “Teve várias testemunhas. A Litorânea estava bastante cheia e várias pessoas viram o acusado. Ele estava com uma bicicleta, ou seja, ele efetuou o crime e ia se evadir do local. Ontem, inclusive, ele foi reconhecido por três testemunhas como o autor do crime”, afirmou.

O acusado foi autuado pelos crimes de homicídio e porte ilegal de arma de fogo. Mas conforme o delegado ele só responderia por apenas uma das armas, já que as pessoas normalmente cometem crimes utilizando um instrumento.

“Ele foi autuado por homicídio e por porte ilegal de arma de fogo porque ele estava com duas armas. Uma arma pode ser absorvida pelo crime de homicídio, porque as pessoas normalmente cometem crimes utilizando um instrumento.

Então, a teoria diz que essa arma seria absorvida. Agora ele estava com duas armas. Uma foi utilizada para cometer o homicídio e a outra estava escondida. Então, a autoridade policial considerou dois fatos distintos e autuou tanto pelo o homicídio qualificado, pela emboscada como também pelo o porte ilegal de arma de fogo”.

O delegado Leonardo Carvalho pontua que Idael Melo Roxo é um criminoso muito perigoso e é preciso redobrar a atenção sobre ele. “O Idael é uma pessoa muito perigosa e tem a perspicácia dele também no meio criminoso. Então, o cuidado tem que ser redobrado com ele”, finalizou.

G1

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