Como magistralmente define o sociólogo Jessé Souza em livro de sua autoria intitulado: A elite do atraso. No qual ele pontua aspectos importantes na formação do Brasil.
A exemplos da criação da ralé de novos escravos como continuação da escravidão no Brasil moderno; conflitos de classe; pacto antipopular da elite com a classe média; moralismo patrimonialista; pacto elitista e sua violência simbólica, entre outros aspectos de profunda relevância social.
Diante de toda essa exposição bizarra que expõe visceralmente a deplorável história brasileira. Talvez, tal comportamento doentio explique o surgimento intermitente de aleijões políticos como Collor de Mello, e o atual presidente eleito, Jair Bolsonaro.
Fruto de uma distorção histórica que nos afeta há mais de cinco séculos. Distorções que têm suas origens nas oligarquias rurais que posteriormente migraram para a cidade, onde se tornaram capitães de indústria.
Todos eles, com formação de uma sociedade extremamente conservadora e escravocrata. Ingredientes que foram, e continuam sendo, o principal condutor para que continuemos convivendo em um país excludente, machista e misógino.
Conceitos esses, reforçados e projetados pela figura patética de um presidente reconhecidamente genocida e negacionista.
Jair Bolsonaro inegavelmente representa o que há de mais sórdido e abjeto que pode ser encontrado no âmago do ser humano.
Diante dessa trágica realidade surge a necessidade mais do que urgente, do brasileiro dar uma resposta a esse triste quadro, que ganhou novos contornos e traços de uma sociedade extremamente enferma.
BolsonaroNão sendo Bolsonaro apeado do poder, em breve o Brasil vai se encontrar em um leito de Uti, em profundo e irreversível estado de coma.
Sérgio Jones, jornalista (sergiojones@live.com)