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Bolsonaro no fio da navalha/ Por Sérgio Jones

A NAVALHA

O demente arremedo do presidente genocida, Jair Bolsonaro, ao que tudo indica, para a alegria geral, está vivendo os seus últimos dias frente ao governo da nação brasileira.

De acordo com notícias que começa a circular nos bastidores é que o Congresso e os demais poderes existentes estão no limite máximo de paciência com o visivelmente desqualificado governo genocida.

Quem faz tal afirmação é Antônio Augusto de Queiroz, o Toninho, diretor do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap).

Acredita ele, que a possibilidade de um impeachment já é uma realidade e que é só uma questão de tempo para que o presidente seja varrido para a lata de lixo da história.

Até mesmo para vários ex-bolsonaristas considerados fiéis à causa, a situação ficou insustentável. Agravada diante da crise sanitária provocada pela pandemia de covid-19 associada com a visível inoperância do governo federal.

Mesmo diante do inevitável, a postura estupidamente adotada pelo governo continua. Procura dificultar ao máximo a implementação dessas medidas. Quando reluta em trocar ministros olavistas.

Enquanto isso, de forma cínica tenta melhorar sua imagem, ao dar uma guinada – verbal – em relação à vacina, que sempre boicotou, agora dizendo ser importante. Mas com relação a medidas de prevenção como o distanciamento, uso de máscaras, lockdown, nada mudou, tudo continua como dantes no castelo de Abrantes.

O mais grave e revoltante de todos os crimes perpetrados contra a humanidade, pelo enfermo governo bolsonarista, é que continua insistindo e defendendo o tratamento precoce.

Uma coisa se torna evidente, a perda de apoio ao presidente negacionista é uma realidade, que se agrava a cada dia com a crise humanitária. Setores importantes da sociedade já se deram conta da incapacidade desse governo realizar uma gestão eficiente da crise.

A economia está derretendo, devido a inexistência de interlocução com o setor produtivo. Muitos acreditam, atualmente, que o apoio a Bolsonaro é restrito ao que há de mais desqualificado no Brasil. De grupos que se encontram abrigados em bases de setores militar (incluindo as PMs), reduzido grupo da área empresarial, defensores de armamento e evangélicos fundamentalistas.

Até mesmo a figura repugnante do vice-presidente da República, general Hamilton Mourão, já apresenta sinais visíveis de que seu grau de tolerância já está se exaurindo.

Mas muitos governadores não acreditam que com o general na condição de mandatário se torne algo relevante. Para eles não haverá mudanças qualitativas. O que poderá ocorrer no máximo, é a simbólica troca de seis por meia dúzia.

Sérgio Jones, jornalista (sergiojones@live.com)

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