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Bolsonaro: rato pastorando o queijo/ Sérgio Jones

Devido as nem sempre acertadas escolhas de seus representantes políticos, feitas pelo povo brasileiro, diante das urnas. Tal comportamento tem gerado sérios transtornos para a população, em especial a grande parte que ocupa estratificação social mais baixa da sociedade.

Evidência que se tornou caso emblemático foi a ascensão da aberração do presidente Jair Bolsonaro. O erro está custando caro ao povo independentemente de suas posições ideológicas ou até mesmo religiosas.

A deformidade do governo brasileiro se encontra sob a batuta do presidente Jair Bolsonaro, o mesmo reconheceu nesta quinta-feira (26) que o atual valor do salário mínimo pago aos trabalhadores brasileiros “está baixo”, mas afirmou que não existe a possibilidade de aumentar a remuneração. “Não tem de onde tirar dinheiro”, disse.

Enquanto ele vomita um monte de asneiras, nada faz para reduzir recursos e abusos econômicos cometidos contra o erário. Fatos corriqueiros que ocorrem diuturnamente e são denunciados diariamente.Todos eles, em grande parte cometidos pelos três poderes.

Tem travado e até mesmo dificultado a luta no combate direto à corrupção da qual ele e seus familiares se encontram atolados até o pescoço. Não taxa as grandes fortunas, entre outras medidas saneadoras no trato da coisa pública.

Importante observar que o aumento do salário mínimo reflete fortemente nos ganhos de aposentados e pensionistas. No pessoal do Benefício de Prestação Continuada (BPC). O que o governo considera como um gasto elevado, é resultante de práticas econômicas deletérias causadas pela falta de administração de seu desgoverno que tem resultado em elevados custos à sociedade como um todo.

Se o país fosse minimamente sério e comprometido com os reais interesses de seu povo, a realidade seria bem outra. De acordo com avaliação feita pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o salário mínimo dos trabalhadores brasileiros deveria figurar na casa dos R$ 5.005,91 em outubro.

Enquanto isso, para 2021, a proposta do governo prevê um aumento de 4,02% (+R$ 42,84) no salário mínimo dos brasileiros, que deverá aumentar dos atuais R$ 1.045 para R$ 1.087,84. O reajuste leva em conta apenas o repasse do (Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC)), inflação das famílias com renda de até cinco salários mínimos, que deverá encerrar 2020 em 4,1%, e não deve resultar em ganho real aos profissionais.

Contrariando a máxima de que depois de uma notícia ruim, sempre vem uma boa, Bolsonaro defendeu a flexibilização de normas trabalhistas. O resultado de toda essa patética situação é reflexo da escolha feita por parte do brasileiro. Quando resolveu colocar no governo, o rato para pastorar o queijo.

Sérgio Jones, jornalista (sergiojones@live.com)

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