A senda de crimes perpetrados contra ambientalistas, defensores de direitos humanos, negros e pobres é ampla e se arrasta ao longo da nossa triste e deletéria história.
O mais grave dessa triste realidade é que toda essa tragédia acontece com a omissão explicita do estado brasileiro e agora, mais do que nunca, uma vez que o Brasil tem como mandatário e porta voz maior da nação a triste figura do comprovadamente incompetente presidente Jair Bolsonaro.
Figura desprezível que foi alçado ao poder devido a sucessivos erros históricos que insistem em continuar permeiando por séculos a trajetória da vida dos brasileiros.
Embora a Anistia Internacional, organização que luta pelos direitos humanos em todo o mundo, considere “inaceitáveis”, os assassinatos do indigenista Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Philips.
Esses brutais assassinatos que aconteceram no passado, continuam acontecendo no presente e deverão, se nada for feito pelos poderes constituídos, continuar se reprisando no futuro.
O Brasil é um dos países que mais mata ambientalistas e defensores de direitos humanos em todo o mundo. Consequência resultante da existência de um aleijão de práticas e de modelos de políticas que promovem sistematicamente ataques as instituições existentes, além de contar com a atuação e estímulo de um desgoverno que agride a legislação ambiental e criminaliza as lutas e organizações populares.
A fama do Brasil ser uma terra sem lei, onde ocorre tiroteios diários no campo e nas cidades, vai continuar existindo ainda por um longo tempo. Devido a flagrante ausência de um aparato de governo bem definido. O Velho Oeste é aqui!
Sérgio Jones, jornalista (sergiojones@live.com)