Pelo que deixa transparecer o prefeito de direito e não de fato, Colbert Filho (MDB), já fez a sua escolha. Em ano eleitoral o mais importante é promover festas para agradar a população, mesmo que para isso tenha que subtrair recursos da segurança pública.
Diante do ato oportunista que busca autopromoção em detrimento da manutenção, em parte, da segurança pública, o presidente do Legislativo de Feira de Santana, Fernando Torres, na manhã da quinta-feira (19) foi à tribuna da Câmara e teceu duras críticas ao prefeito.
Para o presidente existe um contrassenso na proposta do poder executivo em relocar recursos no valor de R$ 1 milhão da Guarda Municipal para investir no São João, no distrito de Maria Quitéria (São José).
O legislador considerou o projeto do executivo como inaceitável levando-se em conta o elevado grau de violência local. Que segundo ele, o prefeito vive alardear que a mesma ocorre devido à falta de ação mais propositiva do governo da Bahia.
O apetite demonstrado em promover circo, sem realizar a distribuição do pão, não se encerra com os festejos juninos. Colber foi enfático ao afirmar que se tiver que optar por organizar uma grande festa na cidade, esta será a Micareta de Feira, que pode acontecer no mês de setembro deste ano.
O povo está a se questionar se elegeu um prefeito ou uma espécie de promoter que tem como finalidade apenas em realizar eventos, atuando na divulgação induzindo ao público o interesse pela festa.
Há quem defenda o argumento de que tal opção deve ter ocorrido em função da inadequação do mesmo em administrar uma cidade do porte de Feira de Santana, onde os desafios são muitos. E que o mesmo não demonstra ter ou dispor de nenhuma aptidão para enfrentá-los com a desenvoltura e a sapiência necessária.
Buscando preencher o vazio em que se tornou o seu modelo administrativo, que deveria estar pautado e voltada para os graves problemas sociais que afligem a população feirense. Se utiliza ele, de práticas conhecidas e manjadas que buscam desviar as atenções das carências do coletivo ao adotar medidas paliativas, onde os únicos beneficiados são os de sempre, ele e seu grupo político.
Sérgio Jones, jornalista (sergiojones@live.com)