O período de 54 dias do surgimento do primeiro caso do Covid-19 na Bahia e apenas 85 casos em Feira de Santana, não significa que a administração municipal conseguiu achatar a curva ascendente de contaminação.
Nesse período a resposta mais positiva é que o isolamento estaria contribuído com a prevenção.
A quebra desse comportamento recomendado pela Organização Mundial de Saúde e especialistas em todo o mundo, pode favorecer a ampliação dos casos e aumento do número de mortes.
Feira de Santana tem conseguido reduzir esse contágio, entretanto a renúncia ao isolamento social pode acarretar a quebra dessa condição.
Em outra situação. Avalia-se que, no início o município não dispunha de recursos materiais suficientes para testar os suspeitos, o número de contaminados, presume-se, é superior ao registrado, como já foi amplamente divulgado que o controle oficial no país tem deficiências crônicas. Feira de Santana não foge dessa análise.
É bem verdade que o comércio sofre sérias consequências econômicas com a situação, no entanto seria catastrófico para o comércio e para a população se atingíssemos os estágios que ocorrem em outras cidades do país.
O tempo de isolamento seria bem maior e os prejuízos extremamente difíceis de serem revertidos.
Vale a pena um sacrifício no tempo de isolamento, em benefício de um prejuízo menor para o comércio, a economia local, e a vida da população.
A avaliação feita pelo prefeito Colbert tem como parâmetro os interesses da classe empresarial, levando em conta o apoio que precisa para se reeleger nas eleições desse ano.
Não se pode negar de que exista um trabalho voltado para evitar que o vírus se instale na cidade.
Mas as ações estão condicionadas a interesses que podem neutralizar as ações e enfrentarmos momentos muito mais difíceis.
Depois que Colbert deixou a Assembleia Legislativa da Bahia fez uma curva de 180° graus e terminou se complicado no governo Temer.
Ele não é o mesmo, politicamente, suas posições se perderam na caminhada escolhida.
Carlos Lima
