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Como pratico a Maçonaria/por Carlos Lima

Maçonaria

O que alguns maçons ainda não compreenderam no processo filosófico da Maçonaria, diz respeito ao mais elementar preceito.

A Maçonaria tem por princípio acolher homens “livres e de bons costumes”.

Pode-se perguntar onde se encontra, em parte, a ausência de compreensão?

Fácil. Na ausência de entendimento e aceitação de que os bons costumes são os mais variados.

Daí  nos deparamos com a falta de reconhecimento que a diversidade cultural, social,  religiosa e política não deva influenciar o comportamento da irmandade.

Mesmo porque, um dos nossos objetivos tem um papel importante perante a humanidade. Aproximar os homens, colocando em prática o desiderato de que somos livres, buscando o diálogo e o conhecimento para fomentar avanços civilizatórios na defesa dos direitos humanos.

Não sou psiquiatra, talvez rábula em psicologia. Tenho mais de dez anos na Ordem. Dediquei mais tempo tentando conhecer os irmãos diante da filosofia e literatura Maçônica, do que outra ação qualquer.

A preocupação surgiu diante de ações e atitudes que não refletiam os verdadeiros princípios Maçônicos.

Vez por outra os festejos nos cumprimentos demonstravam inverdades, a máxima, entre colunas, possui pouca ressonância entre inúmeros irmãos. Tudo muito natural, mesmo se tratando da força (que parece se esvair) da Maçonaria como uma Ordem que merece todo respeito diante do compromisso de buscar a verdade e, pela formação e conhecimento encontrar o caminho para tornar a humanidade feliz.

Não tenho nenhum receio de dizer que várias dificuldades foram criadas, nessa minha trajetória, sempre acobertas por manifestações de amizade que nem sempre fortaleciam a verdade, me fiz de desentendido e assim consegui caminhar, nunca questionei, ouvi pequenos comentários daqueles, pelos quais, observava atitudes  mais sensatas.

Acredito no projeto Maçônico, continuarei acreditando, sou Maçom.  Aquele que não descrimina credo, raça, condição social, posição política e defende a igualdade.

O bem maior é a dignidade, respeito ao semelhante. defesa intransigente da liberdade e busca da verdade.

Entendo que na Maçonaria o comportamento dos obreiros deveria ser de atenção a atuação dos irmãos, de respeito ao seu desenvolvimento Maçônico, sem qualquer forma de recriminação, mas  contribuindo incansavelmente para o seu aprendizado. A dedicação deve ser o legado mais forte do convite e da aceitação na Ordem.

Na verdade, essas ações são coisas que o dinheiro não compra, são partilhadas em família, A Maçonaria é uma família? Acredito que sim.

Na minha vida adotei um princípio, não criei, estudei.      Minha caminhada não vai diante do discurso linear. Sempre procuro refletir os movimentos oblíquos. Não assumo, de primeira, textos considerados unificados, encarados como possuidores de uma lógica rigorosa.

Conclusão pessoal. Procuro conhecer as pessoas como elas realmente são. Procuro pensar a vida no momento em que ela acontece. Não faço vídeo, não tiro fotos, o interesse é só meu.

O registro é da mente, com ele analiso se o que pode vir será suportável, descartado sem ofensas, discussões ou inimizades. Ou se vale a pena permanecer no ambiente, mesmo porque a verdade é reflexiva diante do conhecimento, da ação e da personalidade.

Carlos Antônio Lima – CIM 914 – TEMPLO DE YORK

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