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Coronel do exército assume Funarte, quem está esperando para ver, verá/por Carlos Lima

Cuidado a pisada mata

A Casa Civil, determinou a troca do presidente da Fundação Nacional de Artes (Funarte) . A  publicação aconteceu nesta segunda-feira (14), no “Diário Oficial da União”

O  ex-assessor de Carlos Bolsonaro, Luciano da Silva, deixou o cargo para que o coronel da reserva do exército, Lamartine Barbosa Holanda, assumisse a  presidência do órgão.

A mudança foi assinada pelo ministro da Casa Civil, general Walter Braga Souza Netto.

O ex-assessor de Carlos estava no cargo desde 13 de julho.

Os militares já ocupam mais de 6 mil cargos nas estruturas do governo federal, engole mais um.

A Funarte é responsável pela elaboração e implementação de políticas públicas de fomento às artes visuais, à música, à dança, ao teatro e ao circo.

Eles estão armando o circo.

O governo Bolsoaro é crítico das iniciativas de fomento à cultura, como a conhecida Lei Rouanet.

A situação está sendo definida em câmara lenta, mas continuadamente.

Não será nenhuma  surpresa se as próximas eleições para presidente for suspensa faltando pouco mais de 90 para sua realização.

Essa construção está clara. Todos os cargos importantes do governo federal estão sendo assumidos por militares, com predominância do Exército.

Lula solto, STF invalidando condenações, calmaria diante de suas ações políticas, nenhum comentário contrário a uma possível dele à presidência.

Essas atitudes podem ser consideradas motivacionais para uma ação bem mais radical.

Não posso descartar que tudo fazendo parte de uma estratégia bem maior.

Facilitando a construção de justificativas objetivas para Bolsonaro com o apoio dos militar dar as cartas e finalizar esse jogo.

O que poderia ser?

Suspensão das eleições nacionais alegando ameaça dos comunistas tomarem o Brasil.

Os militares tem realizado “manobras” nesse sentido.

A todos os instantes alguns deles fazem declarações de ameaças ao STF, estão tentando e aprimorando suas forças diante da opinião pública.

Ou seja, localiza as resistências, alimenta sua força civil, fortalece a unidade das Forças Armadas, que pode ser em torno de Bolsonaro ou um general definido entre eles.

Quem espera para ver, verá.  (…)

Carlos Lima

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