Não é de hoje que o município de Feira de Santana se encontra à deriva. A nave carece de um timoneiro de pulso forte que saiba manter-se firme e não se deixe conduzir aos sabores das correntes, ventos e tormentas políticas.
Por mais de duas décadas que a cidade vem sendo “administrada” por elementos políticos oportunistas que em nada se identifica com os reais e legítimos interesses da população.
São políticos de baixa cavalgadura que sistematicamente vem desconstruindo perversamente o município e suas instituições. Instituições que são utilizadas de forma criminosa para atender interesses de alguns políticos e garantir a manutenção dos poderes e poderosos poderes, em decomposição.
O fato se evidencia devido aos sucessivos escândalos de toda ordem, moral, financeiro e todo tipo pensável e impensável de supostas fraudes que envolvem ex-prefeito, prefeito e vice. Isso acontece há anos, em plena luz do dia, e nada é feito para deter essa situação.
Caso similar também envolve o Legislativo Feirense. Alguns de seus prepostos, por ter interesses financeiros contrariados, junto ao executivo, vivem em constantes atrito. A gargalhada do palhaço, que é povo, prossegue enquanto o circo pega fogo.
“Diálogo é ato de falar e ouvir. Em democracia, sem diálogo não existe solução. É o que acontece neste Governo. O prefeito não sabe fazer nenhuma das duas coisas”.
O comentário acidamente proferido, como fica evidente, foi o conteúdo do discurso crítico feito pela vereadora Eremita Mota (PSDB), direcionado ao prefeito de direito e não de fato, Colbert Martins Filho (MDB).
Ela acredita que ainda é tempo para que o gestor público possa corrigir os sucessivos erros, e apela para que ele mantenha o diálogo com a população.
Na sequência tece elogios ao presidente Fernando Torres com quem diz ter as melhores referências. Mas faltou com a verdade ao afirmar: ” que ele “teve coragem de colocar a Câmara com uma nova cara. Tirou a característica de ser um puxadinho da Prefeitura”.
Quando a bem da verdade, todos nós sabemos que as reais motivações que o conduziu ao adotar essa postura aguerrida, não passa por um descolamento puro e simples do executivo.
Há outros interesses de cunho bem específico, nem sempre confessáveis, que em nada tem a ver com os reais e legítimos interesses da população.
Sérgio Jones, jornalista (sergiojones@live.com