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Governo Bolsonaro anistia dívida para com a União 1,3 bilhão de reais de Igrejas e associações religiosas/ Por Sérgio Jones

O Batismo mais caro do mundo

Conforme apurou reportagem do jornalista Edelberto Behs, dívida de igrejas para com a União, de 1,3 bilhão de reais, segundo dados da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional.

O levantamento é de autoria dos repórteres Luigi Mazza e Renata Buono, da Revista Piauí. Este aponta que a maior parte desse “tipo de dívida é formado por contribuições ao INSS que as igrejas e institutos deixaram de recolher.

Se somam a todo este saque praticado contra a economia pública os denominados impostos devidos à Receita Federal, multas criminais e valores não pagos ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS)”, somando um total de 397 milhões de reais.

A malandragem praticada pelos que usam indevidamente o nome do senhor para engordar os seus patrimônios, com o aval do atual governo, pode e deve ser considerada como um acinte, um tapa na cara de toda a sociedade brasileira, em especial do trabalhador que ganha a vida de forma honesta e com o suor de seu rosto.

A dívida do Instituto Geral Evangélico, com sede no Rio de Janeiro, chega a 555 milhões de reais com a Previdência, valor que equivale a 60% do total das dívidas previdenciárias de todas as associações religiosas do país.

Outras quatro denominações que se encontram nessa situação criminosa são: Igreja Internacional da Graça de Deus, com 145,3 milhões de dívidas a pagar à União, a Igreja Mundial do Poder de Deus, com 90,5 milhões, a Igreja Apostólica Renascer em Cristo, com 33,4 milhões, e a Associação Vitória em Cristo, com 35,7 milhões – acumulam, juntas, 305 milhões de reais.

A subtração ilegal praticada por estes tipos de parasitas fundamentalistas foi beneficiada com a sanção de parte do Projeto de Lei 1581/2020, no último dia 11, concedida pelo arremedo de presidente Jair Bolsonaro responsável pela anistia às dívidas de igrejas e associações religiosas com a Previdência.

Das três isenções sancionadas, a Besta presidencial só não vetou a anistia da contribuição previdenciária, justamente o montante maior da dívida das igrejas para com os cofres públicos.

De acordo com o G1, a bancada evangélica reuniu-se com Bolsonaro no Palácio do Planalto, dia 16, para encontrar alternativa jurídica viável para que o Congresso derrube o veto dos demais pontos, o que foi sugerido pelo próprio presidente logo após anunciar sua decisão quanto ao tema.

Sérgio Jones, jornalista (sergiojones@live.com)

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