De uma forma ou de outra a lei do retorno é considerada infalível. O ser humano é resultado de suas ações. A fatura uma hora chega e o preço tem que ser regiamente pago.
O que está a acontecer no legislativo feirense é que o desequilíbrio moral e até mesmo de outras ordens diversas estão correndo solto.
O que tem contribuído, de forma sistemática, para que o ambiente se torne altamente danoso para a saúde física e moral de suas excelências.
Não é por acaso que o número de vereadores que vêm tendo problemas de saúde se torne cada vez mais frequente. Tudo indica que a tendência é piorar.
Agora se fala em criar um espaço para atendimento médico na Casa. O que se comenta nos bastidores da política, de forma irônica, é que melhor seria instalar no local uma casa funerária. Sendo assim, a destinação do dinheiro público teria uma melhor serventia para todos.
O que tem transformado o ambiente hostil e prejudicial à saúde de suas excelências é a péssima atuação dos mesmos. Não é de hoje que se tornou costumeiro, naquele espaço político, o surgimento de sucessivos escândalos, entre outros desvios morais, que em nada são compatíveis com o decoro parlamentar da Casa.
Brigas, baixarias e até mesmo ameaças de agressão física entre os lídimos edis, se tornaram prática comum. O ambiente tem sido considerado altamente corrosivo.
A função legislativa que deveria produzir normas primárias, fiscalizar o executivo na aplicação do erário, descumpre de forma escancarada o que deveria ser a nobre função deles.
O local se tornou em uma arena, onde o que prevalece são interesses dos honoráveis legisladores, em detrimento dos interesses legítimos do povo.
Há quem defenda que se tire a inscrição existente no frontispício da arquitetura do prédio da Câmara, onde se lê Casa da Cidadania. Que a mesma seja substituída por Casa da Vilania. Afinal, nunca tantos deveram tanto a tão poucos, parafraseando Winston Churchill.
Sérgio Jones, jornalista (sergiojones@live.com)