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Marina Silva rebateu a acusação de defender o criacionismo

Adriano Machado

Pré-candidata à presidência da República pela Rede, Marina Silva rebateu a acusação de defender o criacionismo e sugeriu que recebe um tratamento diferente por sua religião. “Talvez isso persista pelo fato de eu ser evangélica porque não vejo essa perguntas sendo feita aos católicos”, afirmou em sabatina do jornal Correio Braziliense nesta quarta-feira (6).

Questionada sobre sua posição sobre crenças de que o universo foi criado por uma entidade religiosa superior, a ex-senadora afirmou que o assunto surgiu na primeira fez que concorreu ao Palácio do Planalto, em 2010, “em função de uma fake news”.

“Não advoguei que se defenda o criacionismo. Essa visão de se opor ciência e religião é um debate muito atrasado que, no meu entendimento, está resolvido há muito tempo”, disse. Marina destacou que a Reforma Protestante foi decisiva para separar Igreja e Ciência.

De acordo com a presidenciável, ela foi a uma palestra em uma universidade adventista, com ensino confessional, e ao ser questionada por um jovem sobre a escola ensinasse o criacionismo, respondeu que não via problema, desde que se ensinasse também a teoria da evolução.

A pré-candidata também defendeu que as decisões do governo não sejam pautadas em visões religiosas. “Obviamente defendo o Estado laico onde as pessoas têm o direito à liberdade religiosa e de não crer ou ser um cidadão que não tem fé”, completou.

Marina ressaltou que é preciso melhorar a qualidade do sistema educacional brasileiro e defendeu a manutenção da gratuidade da universidade pública.

Sem o ex-presidente Luiz Inácio da Silva (PT) na disputa, Marina aparece em empate técnico com Jair Bolsonaro (PSL), de acordo com pesquisa Datafolhadivulgada em 16 de abril. As intenções de voto na ex-senadora variam de 8% a 16%, a depender do cenário.

De acordo com a sondagem, Marina fica à frente de Bolsonaro na parcela de mulheres (20% a 11%), entre os menos escolarizados (17% a 9%, com 12% de Ciro Gomes, do PDT), no segmento dos mais pobres (19% a 11%) e no Nordeste (16% a 9%, com 15% de Ciro), no cenário com Fernando Haddad como nome do PT e Henrique Meirelles como presidenciável do MDB.

By Marcella Fernandes

 

 

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