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Militares tomaram gosto pela política partidária ou pelo brilho do vil metal? / Por Sérgio Costa Jones

Brilho do vil metal político adorado pelos militares

Em recente artigo publicado no UOL, nesta terça-feira (26) de autoria do ex-porta-voz, do governo genocida do presidente Jair Bolsonaro, o general do Exército Otávio Rego Barros aborda a “ruptura das relações entre civis e militares”.

Reconhece ele, que oficiais “tomaram gosto pela política partidária”. Será que foi por isso mesmo ou pelo brilho do vil metal?

Na sequência faz ressalva ao dizer que estes ’não representam nem responde pelas Forças Armadas. Entretanto recorre a outros argumentos e através da citação do escritor como Samuel P. Huntingtom autor do livro intitulado

“O Soldado e o Estado”. O general busca amenizar a sua crítica a atual situação esdrúxula e anômala em que se encontra a nação brasileira.

Ele cita a visão do autor para concordar em partes, argumentando que os militares também teriam direito à participação política.

Diz que a entrada e participação de militares no jogo eleitoral precisam ser vistos como cidadãos que deixaram para trás a farda.

“Não se tome o todo pela parte. Inegável que nesta quadra, militares tomaram gosto pela política partidária. Estão em seu direito cidadão. Mas eles não representam, nem respondem pela Instituição. Tão pouco, devem esperar da mesma o resguardo aos erros e acertos de suas caminhadas políticas. A população precisa entender, também, que esses atores são agora cidadãos que se despiram da farda para disputar o voto”.

Rêgo Barros finaliza o artigo dele ressaltando o compromisso das Forças Armadas com a democracia: “à Instituição, como a todas as outras, referências equilibradas e respeitosas, ainda que possam ser críticas, servirão para aprofundar o conhecimento, amainar os ânimos e consolidar a democracia”.

Entretanto, esqueceu de exemplificar a qual tipo e o modelo de democracia se refere. A espartana de caráter militarista e oligárquico integrado por soldados bem treinados fisicamente para defender os interesses políticos da pólis?

Sendo este o caso, Se tratando do Brasil, está realidade dista milhares de anos luz.

Sérgio Jones, jornalista (sergiojones@live.com)

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