É bem verdade que o ex-prefeito José Ronaldo de Carvalho a muito tempo afastado de cargo eletivo e com algumas pendengas na Justiça, esteja um tanto quanto fragilizado. Mas enquanto não for julgado e publicado que ele se tornou inelegível, nada é definitivo em relação as sus reais possibilidades nas próximas eleições municipais.
Seria mais uma vez colocar a insatisfação pessoal para com o líder político na ordem do dia, ao invés de se fazer uma avaliação abalizada, sobre o seu desempenho nas eleições municipais anteriores.
Muitas vezes ouvir a seguinte frase: Desta vez Ronaldo perde as eleições. Ele venceu todas. A análise de que o eleitor feirense está revoltado por ele ter deixado a prefeitura para ser candidato a governador e não ter conseguido se eleger, não procede, assim fosse não teria feito seus sucessores, como no caso do prefeito mequetrefe, eleito no segundo turno após perder o primeiro.
Sem contar outras situações que poderiam inviabilizar outras candidaturas e ele superou com certa facilidade, sempre enfrentando a força política do governo do Estado, muito bem avaliado pelos baianos, se reelegendo e fazendo sucessores.
É muito cedo para fazer esse tipo de prognóstico, existem dois nomes fortes, atualmente como candidatos a prefeito de Feira de Santana, Zé Neto pelo seu desempenho nas eleições passadas e José Ronaldo pelo seu histórico político.
Os demais nomes podem até surpreender, mas, no momento, não possuem densidade eleitoral ou capilaridade política. As eleições ainda estão distantes, muita coisa pode acontecer, no entanto, até agora não se consegue enxergar uma soma de produtividade vertical, referente a cooptação de confiança eleitoral e construção reflexiva da capacidade administrativa, que possa proporcionar um tsunami de votos.
É preciso ser realista, diante dessa realidade, edificar as ações, negociações presentes e futuras e não sonhar com o castelo e construí-lo nas areias da praia. O castelo pode ser construído com areia molhada, mas não resiste à primeira onda.
Carlos Lima
