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O berço da religião: a ignorância e o medo / Por Sérgio Jones

Ministro André Mendonça o medonho

Eis o resultado do hibridismo nefasto quando a religião, de forma espúria e indevida, se mistura com a política. Os estragos se tornam visíveis até mesmo um país como o Brasil, considerado laico, este já começa a sentir os efeitos  negativos de visíveis atos de fadiga de material.

Recursos que seriam analisados pela Corte a partir desta sexta-feira e que estavam sob os cuidados do ministro Alexandre de Moraes, tendo Jair Bolsonaro como um desafeto, de forma intempestiva o aliado de Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro André Mendonça, terrivelmente evangélico, resolveu suspender julgamento de 20 recursos que seriam analisados pela Corte a partir desta sexta-feira (12) e que estavam sob os cuidados do ministro Alexandre de Moraes.

Com a paralisação, resultante de um pedido de vista de Mendonça, inquéritos como os das fake news e dos atos antidemocráticos do 7 de setembro do ano passado, que têm o atual ocupante do Palácio do Planalto e diversos de seus aliados como alvos.

Diante do ato inusitado, Moraes levou os casos aos colegas da Corte “para assumir a presidência do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) na semana que vem com mais força perante o Poder Executivo e para inibir ataques às instituições durante a comemoração da Independência.

O ministro aguardava que o tribunal referendasse suas decisões individuais nesses inquéritos e que demonstrasse que a ofensiva contra notícias falsas e ataques incentivados por Bolsonaro e por seus aliados não é isolada, mas sim uma agenda da maioria do Supremo”.

Ao todo, Mendonça pediu vista em 10 recursos que seriam julgados no âmbito do inquérito das fake news, em oito do inquérito que trata dos atos democráticos do 7 de setembro de 2021, em um sobre o vazamento de dados sigilosos de investigação da PF sobre ataque ao sistema do TSE em 2018 e um outro que investiga se Bolsonaro incorreu em crime ao associar a vacina contra a Covid-19 à Aids.

O que torna a medida bastante questionável e desrespeitosa para com a seriedade que a situação exige é o fato de André Mendonça ter assumido uma cadeira no Superior Tribunal Federa (STF) em dezembro do ano passado, após ser indicado pelo não menos presidente genocida, Jair Bolsonaro (PL), para uma vaga na Corte.

Diante do exposto o que fica conclusivo é que a dignidade humana deveria ser definida a partir de uma combinação pela compostura e seriedade adotadas e seguidas pelas autoridades, e não por falta da mesma.

Sérgio Jones, jornalista (sergiojones@live.com)

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