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Política em Feira é balcão de negócios quem oferecer mais leva tudo/ Por Sérgio Jones

Se a prática da política sempre foi especializada e voltada para enganar os eleitores, com o passar do tempo a arte ficou mais refinada. A vergonha, o caráter e os compromissos para com a nação e seu povo, virou peça de ficção. Prevalecendo o pragmatismo político, onde o que pesa são interesses de poucos, em detrimento de muitos.

Mesmo diante da pandemia que está ceifando milhares de vidas não só no mundo, mas especialmente no Brasil. Para os políticos de plantão a ameaça fica em segundo plano, eles se voltam para atender em primeira mão, os seus mesquinhos interesses.

Por aqui a democracia é ultrajada a todo momento, a nobre prática da política, que em tese poderia ser definida como uma forma de mediar conflitos existentes na sociedade, se torna um balcão de negócios onde prevalece todo tipo de negociatas e comportamentos abjetos.

Na terrinha de Lucas as sórdidas alianças já começam a ser firmadas, que poderíamos definir como verdadeiros conluios, com vistas às próximas eleições, sem data ainda definida para acontecer.

O pré-candidato a prefeito de Feira de Santana Carlos Geilson (Podemos) já faz as suas contas e diz ter o apoio de vários partidos. Como é do conhecimento de todos. Partidos de legendas de aluguel.

No poder legislativo as maracutaias e acertos estão acontecendo de forma desrespeitosa aos eleitores. O ritual a que nós acostumamos denominar como a dança das cadeiras é realizada por suas excelências, de forma despudorada.

O secretário de Serviços Públicos, Justiniano França (DEM) está retornando à Câmara Municipal após se manter três anos e cinco meses afastado do cargo para o qual foi eleito.

O que significa dizer que enganou o eleitorado fazendo do cargo um trampolim visando atender apenas os seus inconfessáveis interesses.

Com a aproximação das eleições eles voltam a repetir a sua estratégia. Dando certo continuará se beneficiando dos podres poderes.

Mas ele não está sozinho nessa sórdida prática que denomina como política. O mesmo está acontecendo com o vereador Pablo Roberto (DEM) que também se afastou do cargo para o qual foi eleito para assumir a secretaria de Desenvolvimento Social, retorna ao legislativo para cumprir o seu final de mandato.

A finalidade permanece a mesma de seu colega Justiniano França. Todos eles, fogem aos princípios nobres como promover o bem público, isto é, o bem de todos. O que não acontece. Importante destacar que ambos não poderão concorrer à reeleição. Quais as motivações de terem retornado ao cargo, permanecem um mistério.

Sérgio Jones, jornalista (sergiojones@live.com)

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