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Reação química que teria criado vida na Terra primitiva é reproduzida por cientistas

Reação química para a criação da vida

Uma equipe de cientistas do Centro Australiano de Astrobiologia da Universidade de Nova Gales do Sul, em Sydney, e do Instituto de Tecnologia de Tóquio, Japão, recriou as condições que poderiam ter criado a vida na Terra primitiva.

A equipe de cientistas descobriu que a reação autocatalítica pode ser manipulada para produzir alguns dos ingredientes necessários para produzir o ARN, ou ácido ribonucleico.

Os especialistas consideram que o ARN, um dos primeiros polímeros que guarda informações genéticas, surgiu na Terra primitiva através da geoquímica natural que originou a vida.

De acordo com a equipe, um catalizador constitui um elemento que ajuda outras moléculas a reagir entre si, acelerando a reação.

No entanto, um autocatalisador não só acelera a reação, como também a reproduz a partir da reação que está acelerando.

“Nossa pesquisa mostra que essa rede de reação autocatalítica, conhecida como reação formosa, que produz uma variedade de açúcares, pode ser obrigada a produzir outros compostos necessários para a síntese de ARN”, explicou dr. Albert Fahrenbach, cientista e líder da equipe.

Contudo, ele ressaltou que essa teoria não se aplica tão bem na Terra primitiva, pois não havia nenhuma química orgânica na Terra que lidasse com estas reações.

A autocatálise faz parte das células que parecem pequenas fábricas químicas, cheias de redes de reações complexas, contudo ninguém realmente sabe como algo tão complexo como uma célula poderia ter surgido na Terra primitiva.

“Criamos estas condições adicionando os componentes que nos interessam, moléculas que incluem formaldeído e gliceraldeído, que formam a base da reação da formosa […]. Logo, adicionamos o terceiro composto, cianamida, então os mesclamos e aquecemos”, detalhou.

Para garantir que identificou os componentes corretos, a equipe realizou uma verificação em seus resultados comparando seus produtos com os padrões químicos.

A equipe espera que com estudos futuros, possa melhorar a compreensão de como isso pode ser aproveitado para criar reações químicas comuns mais eficientes.

Com informações do Centro Australiano de Astrobiologia da Universidade de Nova Gales do Sul, em Sydney, e do Instituto de Tecnologia de Tóquio

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