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Targino comete equívoco em estratégia política/por Carlos Lima

A análise política feita pelo deputado estadual e pré-candidato a prefeito de Feira de Santana, pelo Democratas, Targino Machado, trás muito do que temos publicado em nossas avaliações temporais.

Parece-nos que ele tem acompanhado as publicações do site cljornal.com.br .

Quanto ao processo eleitoral ser atípico nas eleições desse ano, alguns meses anteriores já havíamos previsto, além de especificarmos em analogias,  tais vertentes.

Quanto ao sentido de mudança fomos o primeiro a realçar os anseios de parte da população feirense que nãoencobria sua ânsia de por fim aos vinte anos de poder exercido por um único grupo político no município, fato que no momento apresenta crescimento exponencial no desejo de consolidar tal propósito.

Entretanto, não significa que a perda de densidade eleitoral, do grupo, seja tão significativa que pequenas e também questionáveis lideranças possam ameaçar o poder de aglutinação do ex-prefeito José Ronaldo.

Lógico que essa condição não é a mesma do último processo eleitoral, no entanto não se pode dizer que sua fragilidade identificada, no momento, produza uma derrota eleitoral, tudo dependerá das coligações, acertos e arrumações na composição  de escolha do nome, a ser apresentado ao povo feirense.

Mas, sem dúvida, José Ronaldo continua sendo o maior líder  político do município. Em seguida vem a figura do deputado federal Zé Neto.

Ronaldo deve ter a preocupação política de evitar o que aconteceu com Paulo Souto, que afundou o projeto já delineado diante da vitória que não aconteceu. A derrota no primeiro turno foi arrasadora, Paulo Souto jamais se recuperou, José Ronaldo conseguiu se manter, e até ampliou sua liderança em Feira de Santana.

Agora pode ser diferente se ele não fizer a escolha certa.

O desgaste político de Colbert não influenciará a posição de José Ronaldo, se ele não o apoiar à reeleição.

As probabilidades da movimentação eleitoral do feirense, não podem ser analisadas no momento em virtude das indefinições.

Principalmente em relação à decisão a ser tomada pelo ex-prefeito José Ronaldo. Muitos podem até subestimar essa expectativa, tentando minimizar o poder eleitoral de Ronaldo, o que pede ser considerado um erro fatal.

Targino incorre nesse erro. Pode ter qualidades para ser prefeito, já o foi por duas vezes em São Gonçalo dos Campos. Aqui a perspectiva é diferente e ele não tem liderança eleitoral para se confrontar com José Ronaldo.

O poder de diálogo é interrompido por vaidades e arrogâncias, a hora é de construir e não de derrubar as pontes que podem ser conservadas nessa via de poder.

Se Ronaldo não poiar Colbert, presume-se que ficará mais fácil permanecer no poder, desde que o nome escolhido seja palatável, ao eleitorado feirense.

Carlos Lima

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