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Cédulas de R$ 50 e R$ 100 apareceram misteriosamente nas águas da Urca

Até nadador profissional na busca da mala de dinheiro

“É dinheiro do Cabral!”, “Hoje a cerveja é por minha conta, hein!”, “Que nada, isso foi um militar aposentado que ficou louco e jogou a grana toda no mar!”

As teorias são muitas, mas na verdade, ninguém sabe como tanto dinheiro foi parar no mar da Urca, em uma área conhecida como “Quadrado”.

As primeiras notas apareceram no domingo.

A notícia se espalhou e, ontem, à tarde, mais de 10 pessoas estavam em busca do “tesouro da Urca”, como andam falando por lá.

Até mergulhador profissional apareceu em busca da “mala de dinheiro”, que, acreditam, seria a fonte das notas.

O caso lembrou o episódio conhecido como o “Verão da Lata”, quando latas recheadas de maconha foram encontradas boiando no litoral do Rio, em setembro de 1987. Seu Waldeci, que é pescador e mora na Urca há 40 anos, conta que já viu de tudo, inclusive as latas com maconha no mar, mas dinheiro boiando é a primeira vez.

“Estava pescando em Maricá quando vi as latas. Cheguei a pegar umas 15, mas devolvi, fiquei com medo”, fala. Quanto às notas, o pescador foi mais corajoso e resgatou R$ 900 das águas. “Achado não é roubado, e um dinheirinho extra no fim do ano não dá pra rejeitar”, conta Waldeci.

O casal, Érica Dionísio, 23, e Samuel Carapeba, 30 moram em Botafogo, perto dali, e não perderam tempo. Entre ontem e hoje, o casal arrecadou R$ 550, além de muitas notas rasgadas. “Vamos fazer compras e garantir uma ceia de Natal bonita”, conta Erica, que acredita na existência da mala. “Estou atrás dela!”, grita Samuel entre um mergulho e outro.

Muitas aparecem danificadas, mas há muitas notas inteiras, seu Waldeci acredita que cerca de R$ 40 mil tenham borbulhado por ali. “Parece história de pescador, mas cinco amigos saíram daqui com mais de R$ 1 mil no Bolso. Um deles conseguiu R$ 3,5 mil”, diz.

O Banco Central esclarece que, embora a maior parte dos danos não elimine o valor, há casos irreparáveis. Se mais de metade da nota tiver sido destruída, ela perde valor de troca. Mas, ainda assim, elas podem ser entregues nas agências bancárias que, mediante recibo, devem recebê-las e encaminhá-las ao Banco Central para análise.

PAOLA LUCAS

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